Lolla no fim de semana, Neil Young de volta ao Spotify e Offspring fala ao TMDQA!
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Olá!
Já tá no pique do Lolla mais tarde? Para os mais ansiosos pra ver o blink-182, contamos como foram as passagens por Chile e Argentina.
Vai um lencinho? Falando em shows, tem gente descobrindo o Emo brasileiro fora do país com uma ajudinha da I Wanna Be Tour e “chorando horrores”. Mas o gringo está pronto para o Brasil? Claro que não. Saca só essa petição que quer Eloy Casagrande no Slipknot… usando máscara do Fofão. Eu quero, tu queres, ele quer: Josh Homme admitiu que adoraria uma reunião do Them Crooked Vultures. Por outro lado, Jon Bon Jovi talvez não volte a fazer turnês.
Que momento: “‘We Are the World’ das guitarras” disputa o topo das paradas com a Beyoncé. Falando em clássicos oitentistas, essa música foi eleita a melhor de todos os tempos. Enquanto isso, Bruce Dickinson explanou por que bandas clássicas param de inovar: “você se torna um fóssil”. Olha que essa carapuça pode servir em muita gente…
Vendo que era impossível, foi lá e fez: Thom Yorke conseguiu a façanha de eleger a música mais triste do Radiohead. Também saiu a apuração dos 10 melhores guitarristas da história do Metal segundo votação popular e te contamos quais as maiores vendas de catálogos musicais da história.
Uma pausa para entender esse show de horrores: Marilyn Manson, Five Finger Death Punch, Slaughter to Prevail e a turnê mais controversa de 2024 com seu combo de acusações de abuso, violência doméstica e nazismo. Esse tipo de mentalidade ainda respinga na música, como foi o caso das faixas de pura xenofobia colocadas em Paris, rejeitando a cantora Aya Nakamura como uma possível intérprete de Edith Piaf na cerimônia de abertura das Olimpíadas.
Essa é pra quem quer crescer profissionalmente no mercado da música: um MBA sobre nada menos que Rock in Rio e The Town focado em gestão. Falando em crescimento, ficou sabendo dessa? Tinha um brasileiro no Festival da Canção em Portugal - e ele quase foi parar no Eurovision cantando MPB! Já em outra vibe, conheça a guitarrista brasileira de 21 anos que viraliza com versões de Rock e Metal no YouTube.
Ainda no tópico do music business, um novo estudo revelou o impacto do algoritmo do Spotify na indústria musical - isso porque ainda não está em ação o plano de roubar views de clipes do YouTube.
Pelo visto, está fora de moda ver filme nos cinemas (e o culpado não é só o preço dos ingressos). Mas se você não resiste um documentário musical, gratuito e ainda na comodidade do seu lar, precisa assistir “Os Doces Bárbaros”.
Para levantar o astral, que tal dar um pulo na Finlândia? O país foi eleito o mais feliz do mundo pelo sétimo ano consecutivo, como consequência da sua alta concentração de bandas de Metal (talvez tenha a ver com programas sociais e baixa violência também).
Depois de lançarem disco novo semana passada, os The Dandy Warhols voltaram a falar sobre sua improvável amizade com David Bowie. Já Billie Joe Armstrong andou dizendo que “American Idiot” é o “Sgt. Pepper’s” do Green Day. E aí, concordam?
Como dá pra ver, a semana foi movimentada - e ainda nem acabou. Confira mais abaixo!
Nathália Pandeló
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Confira alguns dos principais lançamentos de 22/03/2024
Future & Metro Boomin - “We Don't Trust You”
Os artistas anunciaram dois álbuns colaborativos, com este inaugurando o lançamento duplo. O projeto chega num momento chave para dois dos maiores nomes do hip hop mundial: Metro Boomin vem crescendo como produtor e Future consolidando ainda mais sua carreira com projetos solo e colaborativos. Temos um candidato a capa do ano?
Este é o sexto álbum de estúdio da cantora e compositora americana. Após o sucesso de “Saint Cloud” (2020), este novo disco representa uma continuidade na evolução musical de Waxahatchee, explorando temas de conflito pessoal e intimidade em suas músicas, com destaque para os singles “Right Back to It” e “Bored”.
Shakira - “Las Mujeres Ya No Lloran”
“Las Mujeres Ya No Lloran” é o décimo segundo álbum de estúdio da cantora e compositora colombiana. Após sete anos desde seu último lançamento, “El Dorado” (2017), o disco conta com colaborações de artistas como Cardi B, Bizarrap, Rauw Alejandro, Grupo Frontera, Ozuna, Karol G, Fuerza Regida e Tiësto, refletindo a transformação pessoal da artista e apresentando singles de sucesso como “Te Felicito”, “Monotonía” e “El Jefe”.
The Jesus and Mary Chain - “Glasgow Eyes”
O veterano grupo escocês de indie rock celebra 40 anos na indústria da música com o lançamento de seu oitavo trabalho. O álbum, gravado no estúdio Castle of Doom de Mogwai em Glasgow, reflete a atitude desafiadora e melódica característica dos irmãos Jim e William Reid, oferecendo uma mistura de sons cacofônicos e influências jazzísticas, enquanto mantém a essência ácida que os tornou famosos.
Quarto álbum de estúdio de Gary Clark Jr., “JPEG RAW” é descrito como uma declaração artística poderosa e expansiva, que mantém a ressonância profunda e verdadeira das suas bases de blues e da sua virtuosidade de guitarra.
A banda anunciou seu retorno após sete anos de hiato, com o lançamento do novo álbum. O single “Crazy Again” marcou o primeiro material novo do Gossip em 11 anos, após serem estimulados pelo produtor Rick Rubin - com quem também lançaram o marcante “Music For Men” em 2009.
E na próxima semana:
Beyoncé - “Act II: Cowboy Carter”
Enrique Iglesias - “Final Vol. 2”
J-Hope - “Hope On The Street Vol. 1”
Sum41 - “Heaven :x: Hell”
Sheryl Crow - “Evolution”
Kevin “Noodles” Wasserman, do Offspring, falou exclusivamente ao TMDQA! sobre a última passagem da banda pelo Brasil. São quase 30 shows por aqui no total, fazendo com que o país seja o 10º no mundo a mais receber apresentações de Dexter Holland, Noodles e companhia. Agora, eles voltam para o Lolla. Mas ainda lembram daquele mais recente encontro com os fãs brasileiros, em 2022:
Ah, foi incrível. O dia do show em si foi meio que uma experiência da alma saindo do corpo! Sabe, foi tão grande — é difícil conseguir colocar na cabeça o quanto. No dia antes do show, inclusive, nós fomos lá e fizemos meio que um ensaio/passagem de som, tocamos quase todas as músicas.
E, conforme nós fizemos isso, o festival ainda não estava aberto, eram só as pessoas que estavam trabalhando lá. Mas nós tivemos meio que uma pequena plateia no meio do dia, e eles ficaram tão empolgados com isso; foi legal demais. Foi divertido demais tocar nesse palco enorme para uma pequena multidão, todos trabalhadores do festival. Foi legal mesmo.
E a noite seguinte foi simplesmente, sabe… Há uma energia muito grande vindo de uma plateia como essa. É realmente difícil de processar, é meio que uma experiência da alma deixando o corpo, como falei.
Neil Young dá o braço a torcer
O retorno de Neil Young ao Spotify após um período de boicote reflete a complexidade das relações entre artistas e grandes corporações de streaming. Embora o músico tenha inicialmente retirado suas músicas da plataforma em protesto contra a manutenção do podcast de Joe Rogan, que disseminava desinformação sobre a COVID-19 e outros temas controversos, sua decisão recente de reintegrar seu catálogo sugere uma análise cuidadosa das circunstâncias.
É evidente que Neil Young não abandonou suas convicções, mas sua ação demonstra a dificuldade de se manter firme contra uma gigante como o Spotify. Ao retirar suas músicas, ele reconheceu o impacto financeiro para sua gravadora (o streaming sueco representa 60% da receita de seus fonogramas), mas enfatizou a responsabilidade em promover a verdade e combater a desinformação. Na época, sua postura foi apoiada por outros artistas, incluindo colegas de banda do Crosby, Stills, Nash & Young e Joni Mitchell - esta, já de volta à plataforma também.
No entanto, o retorno de Young ao Spotify não parece ter sido resultado de negociações diretas ou concessões por parte do serviço de streaming. Foi, mais que tudo, o equivalente a jogar a toalha. Sua decisão veio após as demais plataformas acolherem Joe Rogan logo que o Spotify abriu mão da exclusividade. Young não está errado: se ele tirar sua música de todas as plataformas onde fake news passam impunemente, seus discos irão chegar nas pessoas - e, convenhamos, ele não vai lucrar nada com uma obra que é grandiosa.
Neil Young aproveitou a oportunidade para fazer duras críticas à qualidade do áudio no Spotify e ressaltar suas preocupações com a experiência do ouvinte e a integridade de sua música - falamos sobre qualidade de áudio em uma matéria no TMDQA!. Sua expectativa é que o Spotify melhore o som oferecido e atenda às demandas dos ouvintes por uma experiência de áudio superior.
Em todo caso, essa situação Neil Young x Spotify ilustra os desafios enfrentados pelos artistas ao lidar com grandes empresas de streaming, onde questões éticas e comerciais muitas vezes entram em conflito. A capacidade que ele teve de fazer valer seu ponto de vista, mesmo em um cenário dominado por interesses corporativos.
Não é fácil nem para os nomes mais gigantes da música. Mas o importante é levantar o debate em torno de questões fundamentais - e também saber a hora de parar.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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