Spotlight #1 - Adeus a Gal e Rolando Boldrim, lançamentos, charts e mais
Trilha de Pantera Negra, Rashid, Julieta Venegas... mas Taylor Swift e Beyoncé continuam mandando.
A edição é festiva, a semana não. Começando a newsletter do Tenho Mais Discos Que Amigos com duas baitas despedidas - o Brasil perdeu, na mesma quarta-feira (09), dois de seus maiores nomes da MPB e na música regional. Gal Costa, aos 77, e Rolando Boldrim, aos 86, deixam legados gigantescos que não poderíamos deixar de comentar no nosso mais recente episódio do podcast.
Mas há motivos para comemorar. Um deles é uma possível volta dos Titãs com sua formação completa - incluindo os ex-membros Charles Gavin, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Nando Reis - que já deixou a internet em polvorosa; outra é que Iggy Pop vai lançar um disco com colaborações de Taylor Hawkins, Travis Barker, Josh Klinghoffer, Dave Navarro e Chad Smith - apenas.
Falando em gigantes, amanhã deveria ser feriado nacional, pois: 80 anos de Paulinho da Viola. O sambista carioca é um dos patrimônios culturais desse país e merece todas as homenagens.
Pra embalar seu fim de semana, preparamos um apanhado do que tem de lançamento mais quente na semana, além de te manter a par das músicas mais bombadas no Spotify. Sextou?
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
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Rashid - Movimento Rápido Dos Olhos
Rashid mostra por que é uma das principais vozes no gênero. O artista apresenta aqui um disco conceitual e ousado, uma distopia que acompanha um personagem, Samurai, em uma jornada que exagera a realidade que conhecemos - mas nem tanto. Você pode saber mais sobre o disco na entrevista exclusiva que publicamos com Rashid.
Julieta Venegas - Tu Historia
Uma das mais bem sucedidas artistas da história do México, Julieta Venegas está de volta com um novo disco. Ela faz um álbum que une nostalgia e identidade numa investigação familiar, porém universal. As canções intimistas são lindas, mas o uso de elementos eletrônicos e o olhar pop de Julieta é um dos destaques aqui.
Black Panther: Wakanda Forever - Music From and Inspired By
Antecipado com a primeira música inédita de Rihanna em uma eternidade, agora o álbum de Wakanda Forever, a sequência de Pantera Negra, chega em grande estilo. Na tracklist constam alguns dos maiores artistas negros do mundo. Além de Riri, que aparece na abertura e no encerramento do disco, surgem nomes já estabelecidos, como Burna Boy; o fenômeno do afrobeats Fireboy DML; e jovens artistas como CKay e PinkPantheress, entre outros.
SZA chegou chegando, com tudo, estreando música nova já no #1, mas Beyoncé e Taylor Swift seguem fazendo barulho. Confira algumas das principais paradas globais do Spotify. O amostra é o top 50, com canções lançadas há no máximo 18 meses.
Metal
1 - Bad Omens - Just Pretend
2 - CORPSE, Scarlxrd, Kordhell - MISA MISA!
3 - Polyphia - Playing God
4 - Rammstein - Dicke Titten
5 - CORPSE, Scarlxrd, Kordhell - LIKE YXU WXULD KNXW (AUTUMN TREES)
Indie
1 - Clairo - Amoeba
2 - The Neighbourhood - Fallen Star
3 - Tim Atlas - Courtside
4 - Gracie Abrams - Mess It Up
5 - Valley - Oh shit… are we in love?
Pop
1 - Taylor Swift - Anti-hero
2 - Sam Smith, Kim Petras - Unholy
3 - Taylor Swift - Lavender Haze
4 - Taylor Swift - Midnight rain
5 - David Guetta, Bebe Rexha - I’m Good (Blue)
Hip hop
1 - SZA - Shirt
2 - Beyoncé - CUFF IT
3 - d4vd - Romantic Homicide
4 - Nicki Minaj - Super Freaky Girl
5 - Juice WRLD - In My Head
Tal como o TMDQA!, Lorde tem uma newsletter. E usou essa plataforma para abrir o jogo sobre as dificuldades enfrentadas por artistas atualmente para realizarem suas turnês. O texto acabou chamando atenção por escancarar uma realidade surpreendente para uma cantora bem-sucedida como ela - o que leva ao questionamento inevitável: se tá complicado para artistas desse porte, o que dizer dos artistas menos conhecidos?
O que Lorde expõe não é necessariamente uma novidade. Ela cita dificuldades logísticas, como o fato de que é preciso garantir testes de Covid para equipes enormes, e que as companhias aéreas estão em crise, além da rede de hospedagem estar também inflacionada. Mas o que muitas pessoas não se dão conta é que está saindo até três vezes mais caro circular pelo mundo com gente, equipamentos, palcos inteiros, se comparado com o que custava no pré-pandemia (lembra dessa época? saudades).
Ainda há a questão de uma demanda acumulada por datas nas agendas, das exposições agropecuárias às arenas da NFL. Quem estava em turnê quando a pandemia bateu, precisa remarcar shows; quem lançou trabalho durante o isolamento quer botar o bloco na rua; e quem está lançando agora precisa, também, capitalizar no momento da retomada.
Não faz muito tempo, Shirley Manson, do Garbage, e Laura Jane Grace já haviam comentado sobre as dificuldades em realizar turnês internacionais. Ainda em julho, entrevistamos Theresa Wayman, do Warpaint, que já sinalizava essas questões. Ela foi taxativa: se for pra ficar disputando espaço com todo mundo que tem disco na praça, a banda prefere focar em estúdio, compondo e gravando.
Claro que existe uma enorme demanda para shows no mundo todo, e por aqui temos a sorte de estar na rota de festivais e artistas que, aos poucos, dão as caras. Mas é sempre bom quando alguns dos principais nomes da indústria da música mostram pra gente que não, não tá fácil pra ninguém mesmo. Todo “come to Brazil” é válido, mas não custa nada saber o preço desse rolê.
Deu pra entender agora o valor daqueles ingressos salgados? Pois é.
Deixamos vocês essa semana com links pra curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades: