Spotlight 115: Retornos nostálgicos, Incubus impecável e IRA! combativo
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Olá!
A gente sabe que a nostalgia tem sido parte constante das nossas vidas desde a pandemia, mas nessa semana tivemos uma série de retornos marcantes para nos lembrar de épocas bastante distintas.
Em uma só tacada, o Pulp, verdadeira lenda do Britpop, anunciou seu primeiro disco de estúdio em 24 anos e o Stereolab, nome super influente do Indie e do Post-Rock, anunciou seu primeiro álbum em 15 anos com direito a show no Brasil.
Em nossas terras, o Moptop também volta após um período de 15 anos, com direito a single inédito e anúncio de novo disco.
Quem fez bonito em sua passagem recente pelo Brasil foi o Incubus: em dois shows da turnê especial onde toca o disco Morning View na íntegra, encantou as plateias de Curitiba e São Paulo em uma sintonia incrível com o público. Ao final das apresentações, ainda rolaram clássicos como “Dig” e “Drive”, e o primeiro show da banda em São Paulo em 13 anos ainda teve uma cover de “Glory Box”, do Portishead.
Nós já falamos sobre esse assunto na semana passada, mas não tem jeito: o IRA! está no centro da discussão roqueira/política brasileira com força. Após o vocalista Nasi ter apoiado a frase “sem anistia” durante um show da banda em Minas Gerais, fãs bolsonaristas começaram a vaiá-lo, e ele sugeriu que eles não consumissem mais a banda.
Pois bem. Depois disso, dois shows da banda em Santa Catarina e outros dois no Rio Grande do Sul foram cancelados pela produtora, que disse que “artistas deveriam apenas subir ao palco para cantar”. Nasi, então, respondeu dizendo que os shows foram cancelados em comum acordo e que o IRA! sai maior do que entrou dessa história toda.
Para finalizar, as produtoras responsáveis pelo show da banda em Porto Alegre no segundo semestre tiveram uma ótima sacada e copiaram o layout do comunicado original para afirmar que o show por lá segue confirmadíssimo e terá capacidade esgotada.
Falando em capacidade, em nosso post do Instagram sobre isso, você vai ficar assustado com a incapacidade de certas pessoas em lerem textos simples.
No giro da semana, Gil do Vigor lamentou o fato de que vai perder “seu sonho”, que é o de ver um show do System Of A Down. O baixista do Nickelback disse que a banda foi muito influenciada por Sepultura, e nós listamos as 10 melhores letras do aniversariante Zeca Baleiro.
Te contamos sobre a história do diretor que começou em clipes de Punk Rock para liderar o projeto “Piratas do Caribe”, e também listamos as bandas e artistas mais odiados por Robert Plant. Os Titãs nos deram a boa notícia de que a cirurgia do guitarrista Tony Bellotto para tratar um câncer foi bem-sucedida e Travis Scott lamentou a fase atual do Rap.
Por falar nisso, o vocalista do A Day To Remember disse qual lição acha que o Rock precisa aprender com o Hip Hop, e Kerry King, lenda do Slayer agora em carreira solo, rasgou elogios ao Brasil.
TRENDS BRASIL CONFERENCE CAMPINAS
Uma das mais importantes conferências de música do Brasil, a Trends irá realizar sua primeira edição em Campinas no final do mês.
Após diversas edições bem-sucedidas no Rio de Janeiro, agora a Trends também passa a acontecer no interior de São Paulo, proporcionando duas oportunidades ao ano para que agentes da música se conectem e construam novas pontes.
Artistas, selos, gravadoras, distribuidoras, veículos, influenciadores e mais estarão presentes por lá, com nomes de marcas como Deezer, ONErpm, K2L, Kondzilla, TMDQA! e muito mais.
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Tony Aiex
Editor-chefe do TMDQA! e editor da Newsletter
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Confira alguns dos principais lançamentos dos últimos dias!
Você pode ouvir músicas desses discos na playlist TMDQA! Lançamentos, clicando aqui.
Ana Cacimba - “EFEITO”
Nome interessante da nova música brasileira, Ana Cacimba se inspirou nas estéticas das pin-ups dos anos 60 com uma canção que traz sonoridade dançante e envolvente. Na letra, fala sobre a despedida de uma amizade que se tornou romance anos depois.
Bon Iver - SABLE, fABLE
Em seu quinto disco de estúdio, Justin Vernon segue expandido a própria sonoridade e mergulhando em novos mares. Dessa vez, as raízes no folk se misturam com Soul, R&B e música Pop.
The Driver Era - Obsession
A dupla de Pop Rock que tem uma base de fãs pra lá de sólida chega ao seu quarto disco de estúdio e mais uma leva de singles astronômicos, com as quatro primeiras faixas do álbum já tendo ultrapassado a marca de 1 milhão de plays.
The Mars Volta - Lucro Sucio; Los Ojos del Vacío
Sempre misteriosa, a banda formada por Cedric Bixler-Zavala e Omar Rodriguez-Lopez vinha tocando seu novo disco na íntegra, sem dizer “oi” ou “tchau”, em shows de abertura para o Deftones.
Agora, o oitavo disco da banda (nono se condirerarmos a releitura acústica de “The Mars Volta”) está no mundo.
OK Go - And The Adjacent Possible
A banda indie OK Go existe desde 1998, mas 27 anos depois, chega apenas ao seu quinto disco de estúdio na carreira. Talvez eles tenham passado mais tempo preocupados com seus clipes elaborados, mas fato é que And The Adjacent Possible está no mundo com produção de Dave Fridmann (The Flaming Lips, Weezer, Mercury Rev).
Josyara - AVIA
Uma das artistas mais talentosas do país, Josyara embarca em uma nova fase onde usa as suas bases técnicas aliadas ao seu tradicional experimentalismo para lançar canções mais acessíveis e, em alguns momentos, bem próximas da música popular.
No álbum, conta com participações especiais de Pitty e Chico Chico.
Spin Doctors - Face Full of Cake
Amplamente conhecida pelo hit “Two Princes”, lançado em 1992, o grupo Spin Doctors está de volta com seu primeiro disco de estúdio desde 2013. Não dá para esperar por momentos inspirados, mas a nostalgia dos Anos 90 está presente ali.
Epica - Aspiral
A influente banda holandesa de metal sinfônico lançou seu nono disco de estúdio, Aspiral, nessa sexta-feira. Mais uma boa dose de canções épicas (rá!) e os vocais marcantes de Simone Simons.
Conhecida pelo seu trabalho na banda Luísa e os Alquimistas, a talentosa e irreverente Luísa Nascim embarca em nova fase, agora como LEOA.
Em entrevista exclusiva ao TMDQA!, ela falou sobre inspirações, presente e futuro na música, principalmente com a nova carreira solo.
Foi um processo interno pessoal, tem sido um processo lento também. Resolvi sair em carreira solo no início do ano passado, então tive um tempo para maturar essas ideias e fazer um encerramento legal com a banda, com os meninos, comunicar isso para os fãs. E enquanto eu entendia todo esse processo, o meu disco já estava sendo produzido.
Nesse meio tempo, vários mudanças rolaram na minha vida também, inclusive estéticas… todo um processo com o meu cabelo, com essa minha nova imagem e tal. Tem sido bem massa, mas também tem vários medos, porque eu já tinha uma carreira, um nome forte no mercado. Tenho consciência disso.
Sobre seu som e a estética do primeiro single, “MALOKERA”, ela afirma:
É uma junção Norte e Nordeste, e veio da vontade de trazer pessoas que acabam ficando um pouco fora desse eixo na música. Além de mostrar um lance estético super diferente, esse clipe também é um exemplo da excelência dessa galera. São pessoas incríveis no que fazem. E não é só uma escolha profissional, mas também um lance político.
Seu segundo single, “Melô de Cinderela”, já está disponível nas plataformas de streaming.
Sobre a canção, ela nos contou:
É uma música que explica muito bem essa minha pesquisa aprofundada sobre o reggae, principalmente quando ele chega ao Nordeste, o reggae roots, o reggae funk… É um cenário pouco explorado no Sudeste, e eu queria mostrar essa maneira nordestina de trabalhar esse ritmo, que é bem diferente.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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