Spotlight #2: Grammy, Titãs, Copa do Mundo, lançamentos, charts e mais
Novos discos de Neil Young and Crazy Horse, Brockhampton, BK'
Depois de um 2022 turbulento (e que ainda não acabou!), o brasileiro tem tudo pra comemorar a chegada de mais uma Copa do Mundo, que começa neste domingo. Nós entrevistamos até um dos cantores da música-tema do mundial, mas pra entrar no pique das 32 seleções, vale conhecer de perto artistas, sons e ritmos de cada país em um especial que o TMDQA! já começou a publicar. O grupo A, que reúne Catar, Equador, Senegal e Holanda, começa surpreendendo.
Falando em futebol, Liam Gallagher - torcedor do Manchester City antes de ser modinha - passou pelo Brasil com shows elogiadíssimos. Ele fez questão de falar quem acha que é o melhor jogador brasileiro de todos os tempos (spoiler: não é o menino Ney). Como é contra a lei citar Oasis e não falar de Blur, a banda de Damon Albarn anunciou que vai comemorar os 30 anos do disco Park Life com um show especialíssimo em Wembley já em 2023. Se isso é estar na pior…
E falando no cenário quente de shows no Brasil, o Titãs confirmou a suspeita de que faria uma turnê com seus ex-integrantes Arnaldo Antunes, Charles Gavin, Paulo Miklos e Nando Reis. Já foram anunciadas datas da tour Titãs Encontro por grandes casas de shows, arenas e estádios em capitais brasileiras, entre abril e junho do ano que vem. As viúvas do Paramore também alcançaram a graça do show extra - que, enquanto você lê isso, provavelmente já esgotou também. A cereja do bolo foi o anúncio de WILLOW como show extra no Lollapalooza Brasil de 2023.
Nada mal pra uma semana com um feriado no meio. Bora conferir as novidades pra sextar?
Nathália Pandeló
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BK’ - ICARUS
O rapper carioca alça novos voos com o sucessor do elogiadíssimo disco O líder em movimento, lançado em 2020. Aqui, ao longo de 13 faixas, o artista reflete sobre o caos das grandes cidades pela ótica do mito de Ícaro. Entre as participações e parcerias estão L7nnon, Luccas Carlos, Major RD e Marina Sena.
Brockhampton - The Family
Anunciado como o último da boy band Brockhampton, esse disco chega com gosto agridoce. A capa é uma colagem colorida que, embora inclua as palavras “end” e “forever”, explicita o caráter plural do projeto, sempre transitando entre o R&B, o hip hop, o pop e o alternativo.
Neil Young & Crazy Horse - World Record
Este é o 42º álbum de Neil Young, e já seu 15º com a banda Crazy Horse, em mais uma parceria com o produtor Rick Rubin em seu lendário estúdio Shangri-La, em Malibu. Nas canções, Young reflete sobre a gratidão pelo que o planeta lhe deu, mas sem medo de colocar o dedo na ferida sobre o futuro incerto da Terra.
Måneskin assume o topo das paradas de rock e Drake & 21 Savage voltam à pole position (e todas as outras). Curiosamente o chart de metal não tem nada do Muse 🤔
Confira algumas das principais paradas globais do Spotify. A amostra é o top 200, com canções lançadas há no máximo 18 meses.
Metal
1 - Bad Omens - Just Pretend
2 - CORPSE, Scarlxrd, Kordhell - MISA MISA!
3 - Bring Me The Horizon - sTrAnGeRs
4 - Rammstein - Dicke Titten
5 - Polyphia - Playing God
Indie
1 - Clairo - Amoeba
2 - The Neighbourhood - Fallen Star
3 - Tim Atlas - Courtside
4 - Daisy the Great, AJR - Record Player
5 - Valley - Oh shit… are we in love?
Pop
1 - Taylor Swift - Anti-hero
2 - Sam Smith, Kim Petras - Unholy
3 - Drake, 21 Savage - Major Distribution
4 - Drake, 21 Savage, Travis Scott - Pussy & Millions
5 - David Guetta, Bebe Rexha - I’m Good (Blue)
Hip hop
1 - Drake, 21 Savage - Rich Flex
2 - Drake, 21 Savage - Major Distribution
3 - Drake, 21 Savage, Travis Scott - Pussy & Millions
4 - Drake, 21 Savage - On BS
5 - Drake, 21 Savage - Circo Loco
O feriado foi da república, mas quem ganhou o presente foi a Anitta. Dia 15, o brasileiro ficou sabendo que, para a academia da música gringa, nossa Anira nada mais é que uma iniciante, indicando a cantora de Envolver para Artista Revelação do Grammy 2023 ao lado de Måneskin, Latto, Omar Apollo, Wet Leg e outros. Teve também mais umas 479 categorias anunciadas, mas dá pra resumir mais ou menos assim:
Beyoncé teve 9 indicações para RENAISSANCE, igualando as 88 nomeações do senhor seu marido, Jay-Z. Outros destaques vão para Kendrick Lamar, Adele, Brandi Carlile, Mary J. Blige, DJ Khaled e Harry Styles. DJ Khaled, inclusive, chamou atenção por estar na categoria de Rap sem ser rapper, assim como Muse, que concorre em Metal sem ser, bem, metal. Taylor Swift abriu um precedente maluco ao ser indicada pelo seu álbum Red - não o de 2012, mas o de 2022, que ela regravou e agora desafia as leis de espaço e tempo. Fora da música, vale citar Viola Davis, que pode se tornar EGOT se levar o gramofone pela gravação de seu audiolivro. O clube exclusivíssimo de quem já ganhou Emmy, Grammy, Oscar e Tony só tem 18 membros até hoje. Ah, e pra encerrar, Drake e The Weeknd seguem boicotando a premiação, deixando inclusive de submeter seus trabalhos para consideração.
Não é pra pouco. Todo ano, dá pra problematizar bastante a lista do Grammy, pela notória dificuldade em diversificar esse recorte da indústria. E todo ano a gente precisa se lembrar que a premiação pode ser sim muito importante, mas é isso: um recorte de uma indústria que celebra a si mesma uma noite por ano. Toda premiação de entretenimento no formato como conhecemos é uma competição de popularidade e não há nada de errado disso. Cabe a nós, fãs de música, irmos além da superfície quando os mecanismos desse negócio falham em nos entregar um panorama justo, diverso e real das canções que são feitas por aí. Afinal, quem lê o TMDQA! sabe é que não falta música boa. Falando nisso…
Deixamos vocês com links pra curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades: