Spotlight #24 Frank Ocean, Oasis, Foo Fighters, Lynyrd Skynyrd e mais
Lançamentos e músicas de sucesso da semana!
Olá!
A semana chega ao fim com novidades quentes e uma boa dose de polêmica, como não poderia deixar de ser.
O Coachella começou no último fim de semana e já rendeu performances memoráveis - e outras nem tanto (leia mais abaixo). Saiba aqui como assistir os shows desse feriadão.
Falando em festival, o The Town já não tem mais ingressos pra ver Bruno Mars, que não lança disco há sete anos (!), mas continua em alta. E o rodeio de Jaguariúna, que teve reação negativa ao anúncio do show do Lynyrd Skynyrd? Ainda no tópico de eventos, Hailey Williams somou ao coro de quem pede vendas de ingressos mais justas.
Enquanto isso, o Foo Fighters continua esquentando os motores pro novo disco, e já soltou o single “Rescued” enquanto o centésimo baterista vem a público esclarecer que não é o escolhido para assumir as baquetas da banda. Quem não está pronto para dizer adeus é Ozzy Osbourne, que parece bem melhor pra talvez voltar aos palcos. Outro retorno aguardado, o do Soundgarden, vai mesmo rolar. A banda confirmou que irá lançar o último disco gravado com Chris Cornell.
Nas novidades nacionais, Day Limns lançou o quente clipe “Vermelho Farol”, enquanto Rico Dalasam liberou um vídeo gravado em Nova York com direção de Oga Mendonça (aka convidado do nosso podcast). Falando em música brasileira, Rodrigo Suricato avisou que não deve continuar com sua banda e está buscando novas possibilidades dentro da música, num misto de desgosto e desgaste com a indústria.
Infelizmente, a música nacional voltou às páginas policiais nos últimos dias. Pelo menos, o suspeito de ter vazado as fotos da autópsia de Marília Mendonça já foi preso - parece que ele também era a pessoa por trás dos vazamentos envolvendo Cristiano Araújo e Gabriel Diniz. Canalhice pouca é bobagem, pelo visto.
No tópico “doideiras da inteligência artificial essa semana”, os fãs do Oasis resolveram fazer justiça com as próprias mãos e criaram sua própria reunião dos irmãos Gallagher, brilhantemente intitulada IAsis. Pois saiba que Liam aprovou e tudo. E foi só a gente dar dica de Yellowjackets na semana passada que a série de sucesso liberou a excelente música tema, “No Return”, gravada agora por ninguém menos de Alanis Morissette.
Isso tudo é só a ponta do iceberg de novidades. Confira outras tantas abaixo! Um ótimo feriadão :)
Nathália Pandeló
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INSCRIÇÕES ABERTAS DO CONCURSO TOCA AÍ!
Está rolando a terceira edição do concurso Toca Aí, uma iniciativa para celebrar a música de rua de São Paulo. O TMDQA! é parceiro de mídia desse evento, que realizará 100 shows em três meses em um palco fixo no metrô São Bento, localizado no centro da capital paulista. No total, serão R$30 mil em prêmios.
Artistas e grupos que atuam como músicos de rua podem se inscrever até o dia 30 de abril. Após esse período, acontecerão as Seletivas, Eliminatórias e Final. Tudo para valorizar aqueles que fazem a trilha sonora de um grande centro urbano como SP. Assim, o concurso consegue criar experiências musicais e conexões diretas entre os artistas e a audiência. Lá no site, te contamos tudo sobre o Toca Aí.
Ainda no esquenta do MITA, estamos empolgados para um reencontro de peso na edição paulistana do festival! Estamos falando de Far From Alaska e Supercombo, dois dos principais nomes da geração mais recente do rock nacional. A banda potiguar recebe os convidados capixabas para mostrarem ao público sua sintonia que já dura anos.
Isso porque ambos os grupos têm uma longa convivência e amizade, mesmo com estilos musicais tão próprios. Supercombo e FFA circulam pela mesma cena há uma década, além de colaborarem diretamente em várias ocasiões.
Isso fica claro na pesada faixa “Surrendo”, uma amostra de como é possível manter a essência de ambos os projetos para criar algo novo. E já se vão 8 anos desde esse lançamento, além de muitos encontros pelos palcos Brasil afora. No MITA, Far From Alaska e Supercombo farão uma grande reunião que sem dúvida deixará clara a força e a potência do rock brasileiro. Quem ganha são os fãs!
E aí, já garantiu seu ingresso para o MITA?
Confira alguns dos principais lançamentos dessa sexta!
The Mars Volta - Que Dios Te Maldiga Mi Corazon
Alguns meses depois de seu sétimo álbum autointitulado anunciar o retorno de Omar Rodríguez-López e Cedric Bixler-Zavala como The Mars Volta, o grupo apresenta uma poderosa reimaginação dessa obra de reunião. Muito mais do que uma simples leitura “desplugada” das 14 canções de The Mars Volta, esta versão acústica aprofunda as influências latinas tradicionais que sempre inspiraram sua música.
The Smashing Pumpkins - ATUM
Atum é um álbum conceitual que Billy Corgan descreve como uma sequência de Mellon Collie and the Infinite Sadness e Machina/The Machines of God. Agora, essa ópera rock em três atos é lançada completa. O álbum conta a história do mesmo personagem seguido nos dois álbuns anteriores ("Zero" e "Glass"), com o personagem agora muito mais velho e conhecido como "Shiny". A história é descrita por Corgan como tendo "... um pé na realidade e um pé em um mundo inventado".
Everything But The Girl - Fuse
Mesmo depois de 40 anos, o duo formado por Tracey Thorn e Ben Watt continua explorando as fronteiras do pop. Eles absorveram as revoluções no dance e na música eletrônica desde seu álbum anterior em 1999 (sim, há 24 anos!), e as transformaram em histórias melancólicas e finamente detalhadas.
Aproveitando o lançamento de 72 Seasons, o novo disco do Metallica, falamos com o Black Pantera sobre o cenário do metal de uma perspectiva brasileira. Comentando o lado político e social das músicas da banda mineira, os músicos disseram:
A banda nasceu com diversos propósitos, e com o tempo a gente foi se aperfeiçoando muito mais nisso. Era um sonho de moleque fazer uma banda, mas eu já tinha ideia que queria fazer uma banda de conceito. O trabalho social é muito importante, porque o rock n’ roll tá aí pra quebrar paradigmas, de que tem que ser só o cara bêbado, louco, curtindo rock, balançando a cabeça… Dragões, espadas e vikings, não! A gente tem nosso folclore, e fazer isso no social, expandindo isso pra uma galera, é muito grande. O nome da banda já diz tudo. Na primeira música você vai saber do que a gente tá falando. É muito importante não só dignificar o som, mas também dignificar a nossa alma.
Confira abaixo as músicas, artistas e discos mais ouvidos na última semana no Spotify!
Top Singles
Miley Cyrus - “Flowers”
Eslabon Armado, Peso Pluma - “Ella Baila Sola”
SZA - “Kill Bill”
Karol G, Shakira - “TQG”
Yng Lvcas, Peso Pluma - “La Bebe (Remix)”
Top Artistas
Taylor Swift
The Weeknd
Bad Bunny
Drake
Peso Pluma
Top Álbuns
Morgan Wallen - “One Thing At A Time”
Bad Bunny “Un Verano Sin Ti”
Karol G - “Mañana Será Bonito”
SZA - “SOS”
The Weeknd - “Starboy”
Hoje recebemos mais um convidado especialíssimo: André Frateschi, cantor e ator que em breve sairá em mais uma turnê com a Legião Urbana.
Moonage Daydream
Onde assistir: Google Play, YouTube, AppleTV (disponível para aluguel a partir de R$14,90)
Duração: 2h14
A minha indicação é o documentário feito pelo Brett Morgen sobre o David Bowie, chamado Moonage Daydream. Se você gosta de documentário de música e ainda não viu, você pode sair correndo - acho que agora inclusive ele já está nas plataformas de streaming. E é um filme que, diferente dos outros documentários, ele não foca no astro. Foca muito no homem David Bowie. E você fica cada vez mais fascinado de ver. Além disso, a linguagem visual do filme é incrível, a montagem visual também é muito interessante. Ele faz uma nova mixagem das músicas, mistura uma música com outra de acordo com os temas que vai sugerindo ali. Portanto, não perca tempo. Moonage Daydream, documentário sobre o meu amor, David Bowie.
O primeiro fim de semana do Coachella 2023 foi encerrado com um dos episódios mais confusos e polêmicos da história do festival, durante o show do headliner, Frank Ocean. A transmissão oficial no YouTube foi cancelada, mas foi relatado um atraso de uma hora para o início da apresentação devido a alterações na estrutura do palco, incluindo uma pista de patinação no gelo em formato de passarela. O show foi ainda mais limitado pelo fato de Frank Ocean estar sentado em um banquinho por causa de uma grave lesão no tornozelo que supostamente ocorreu poucos dias antes do show.
Os fãs que esperavam músicas inéditas após tanto tempo se decepcionaram, já que Ocean não só não entregou novo material (que, pra falar a verdade, ele nem chegou a prometer) e usou playbacks e faixas pré-gravadas dos vocais em muitos momentos. Houve até um DJ set no meio que fez muita gente ir embora - afinal, acharam que o show tinha chegado ao fim. Mas nem tudo foi constrangedor. Numa das partes mais vulneráveis do show, Frank falou sobre a morte de seu irmão, Ryan Breaux, com quem ele costumava frequentar o Coachella.
Então o inevitável aconteceu: Ocean anunciou que não fará o show do segundo final de semana do festival, alegando razões médicas. Embora ninguém possa negar a lesão que o artista sofreu, há de se convir que ela não o fez mudar de ideia para o primeiro show, ainda mais perto do acidente. O que parece ter azedado mesmo foi a relação de Frank Ocean com a produção, com mudanças de última hora que chegaram a ameaçar o show até de acontecer de fato. O fim abrupto, com ameaça de multa por extrapolar o horário de silêncio, foi a gota d’água para uma apresentação que pouca gente - tirando o Justin Bieber, parece - entendeu e apreciou.
Mesmo que ainda não seja oficial, o Coachella parece ter recorrido ao blink-182 para suprir a faixa de horário de Frank Ocean no seu segundo fim de semana. Sim, aquela banda que cancelou alguns dias antes no Lollapalooza - adoro o fato de que toda a mídia brasileira cita o grupo do Travis Barker assim agora: “Mesmo depois de ter cancelado o show no Lolla Brasil, o blink anunciou show/andou/respirou”. Errada não está. A coisa toda segue mal explicada até hoje.
Mas o motivo de tanta polêmica envolvendo Frank Ocean é a maldita expectativa. Impossível ser diferente. Estamos falando do horário nobre num dos festivais mais badalados do planeta. O cara não dá as caras há anos, a não ser pra lançar merch caríssimo. Se ele acha que dá pra sustentar uma carreira apenas de sucessos passados, bem… dá. Há inúmeros casos assim.
O problema não é o repertório antigo. O problema não é o peso emocional do luto - e certamente cabe aqui uma longa discussão sobre o impacto da saúde mental na carreira de muitos artistas. O problema não é estar sentado - há cantores e instrumentistas que transformaram suas limitações físicas em verdadeiras potências (alguém mostra o trono da Elza Soares pra ele).
O problema é ocupar a cadeira - literalmente - mais cobiçada do rolê e não entregar o mínimo, que é cantar. Que é estar presente para seus fãs. O homem tinha o público disposto, a faca e o queijo na mão. Se Frank Ocean for esperto, há uma lição valiosa aqui: ninguém é imune a críticas.
Infelizmente, todo esse papo tirou o foco de momentos icônicos no primeiro final de semana de Coachella. Você viu o show do BLACKPINK? MUNA com boygenius no mesmo palco? E a apresentação histórica de Bad Bunny, com o público cantando tudo? O show de la Rosalía foi uma coisa de outro mundo. O segundo final de semana vem aí, com transmissão no YouTube.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades: