Spotlight #29 Novo baterista do Foo Fighters, adeus a Tina Turner, volta do NX Zero
Lançamentos e músicas de sucesso da semana!
Olá!
Encerrando a semana com muitas notícias do mundo da música.
A semana foi marcada pelo adeus a Tina Turner, com lembrança de momentos icônicos na trajetória da rainha do rock n’ roll.
Por outro lado, os fãs do gênero ficaram otimistas com a confirmação do novo baterista do Foo Fighters, com possível setlist da turnê que passa pelo Brasil e mais música inédita do próximo álbum.
Aliás, só se fala no bom e velho rock. Miley Cyrus voltou a subir nas paradas do Spotify com seu disco “Plastic Hearts”, de 2020. Já a velha guarda se reuniu para homenagear Jeff Beck em Londres - Eric Clapton, Ronnie Wood, Billy Gibbons, Kirk Hammett e até Johnny Depp.
Na editoria “vem aí”, Roger Waters confirmou shows de sua turnê de despedida no Brasil. E Liam Gallagher disse que o Oasis até volta se o Manchester City for campeão - mas parece que já deu ruim.
Milhares de fãs de música elegeram discos sem defeitos, e você encontra 25 deles no site. E enquanto a questão indígena continua perdendo espaço em Brasília, o DJ brasileiro Alok recebeu prêmio em Cannes pela sua defesa da causa.
Esse, é claro, é só o resumo de mais uma semana movimentada, já abrindo caminho para mais lançamentos e novidades. Confira abaixo!
Nathália Pandeló
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O MITA Festival está chegando! Neste sábado e domingo (27 e 28/05) já acontece o primeiro fim de semana, no Jockey Club, no Rio de Janeiro! O line-up está recheado, agregando diversas tribos musicais. Do funk ao rock, do indie ao rap, o palco celebrará a diversidade - e a música eletrônica não poderia faltar.
Flume é um produtor musical e DJ australiano conhecido por seu estilo único e inovador que combina elementos de eletrônica, hip-hop e pop. Ele se destacou na cena musical com o lançamento de seu álbum de estreia autointitulado em 2012, que apresentava hits como "Holdin On" e "Sleepless". Desde então, Flume tem sido uma figura influente na música eletrônica, redefinindo os limites do gênero e experimentando com uma variedade de sons e texturas.
Com sua produção meticulosa e arranjos intricados, Flume consegue criar uma experiência sonora única e imersiva. As apresentações ao vivo do produtor também são conhecidas por sua intensidade e inovação. Ele utiliza uma variedade de equipamentos eletrônicos e instrumentos ao vivo para criar uma atmosfera envolvente, combinando batidas pulsantes com visuais impressionantes.
Que tal cair na pista no MITA? Os ingressos já estão à venda!
Confira alguns dos principais lançamentos dessa sexta!
Arlo Parks - My Soft Machine
O segundo trabalho de Arlo Parks é elogiado por encontrar o equilíbrio perfeito entre poesia e realidade, consolidando sua reputação. As críticas destacam sua honestidade e a capacidade de sonhar mais alto, enquanto a progressão suave da artista é elogiada como a de uma estrela radiante.
Matchbox Twenty - Where The Light Goes
Este é o quinto álbum de estúdio da banda de rock americana, e o primeiro em mais de uma década desde "North", em 2012. Entre canções mais enérgicas, como as ótimas “Wild Dogs (Running in a Slow Dream)” e “Don’t Get Me Wrong”, surgem baladas ao estilo do MB20, como “No Other Love” (feat com a violinista e cantora country Amanda Shires) e “One Hit Love”.
Zé Ibarra - Marquês, 256
Cantor carioca hoje mais conhecido por seu trabalho com o Bala Desejo, Zé Ibarra lança seu primeiro disco solo. O título do álbum é uma referência ao local onde as gravações foram realizadas: a escada do prédio no Rio de Janeiro onde Ibarra transmitiu suas lives durante a pandemia.
O NX Zero está com turnê de reencontro marcada, a começar pelo MITA! Em entrevista ao TMDQA!, os músicos comentaram sobre essa aguardada reunião e o que ela significa para a banda, com base na expectativa gerada na venda de ingressos. Confira o que falou Caco Grandino, baixista:
É engraçado que pra gente ter essa visão, a gente precisou se distanciar. A gente sempre enxerga de “dentro pra fora”. Quando a gente parou, ficou distante e foi viver a vida e os projetos que a gente começou a olhar de fora. A gente começou a ouvir as pessoas falando, as mensagens dos fãs, e a gente conseguiu olhar de uma forma um pouco maior. Acho que foi o Dani que falou ontem, o “NX está acima de nós individualmente”, do que representa pras pessoas, até mesmo pra gente. E os feedbacks que a gente recebe, de gente falando o quanto a música ajudou em momentos importantes, como “Cedo ou Tarde” e outras músicas marcantes.
Confira abaixo as paradas da Billboard, divididas por gêneros, tendências e mais música brasileira.
Singles - Brasil
Ana Castela - “Nosso Quadro”
Simone Mendes - “Erro Gostoso”
Israel & Rodolffo & Mari Fernandez - “Seu Brilho Sumiu”
Matuê feat. Rich The Kid - “Conexões de Máfia”
Zé Neto e Cristiano - “Oi Balde”
Singles - Global
Eslabon Armado X Peso Pluma - “Ella Baila Sola”
Fifty Fifty - “Cupid”
Yng Lvcas x Peso Pluma - “La Bebe”
Grupo Frontera X Bad Bunny - “Un x100to”
Miley Cyrus - “Flowers”
Bombando no Twitter
BABYMONSTER - “DREAM”
Danielle - “Part of Your World”
TAEYONG - “Shalala”
Foo Fighters - “Under You”
Lana Del Rey - “Say Yes to Heaven”
Rock & Alternativo
Zach Bryan - “Something In The Orange”
Stephen Sanchez - “Until I Found You”
Steve Lacy - “Bad Habit”
Nicky Youre & dazy - “Sunroof”
Jelly Roll - “Need a Favor”
R&B e Hip Hop
Lil Durk featuring J. Cole - “All My Life”
SZA - “Kill Bill”
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage - “Creepin’”
Toosii - “Favorite Song”
The Weeknd & Ariana Grande - “Die For You”
Pop
Miguel - “Sure Thing”
Miley Cyrus - “Flowers”
Rema & Selena Gomez - “Calm Down”
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage - “Creepin’”
SZA - “Kill Bill”
A Um Passo do Estrelato (20 Feet From Stardom, 2013)
Onde assistir: Prime Video
Duração: 1h31
“A Um Passo do Estrelato” é um emocionante documentário dirigido por Morgan Neville que mergulha no mundo dos backing vocals. O filme retrata a jornada de vários artistas talentosos que dedicam suas vidas a acompanhar as estrelas da música, ficando sempre em segundo plano. Com entrevistas reveladoras e performances arrebatadoras, o documentário explora a vida desses artistas muitas vezes negligenciados, revelando suas histórias, aspirações e desafios enfrentados na busca por seu próprio reconhecimento e sucesso. “A Um Passo do Estrelato” é uma ode às vozes por trás das vozes, oferecendo uma visão fascinante e empática de um mundo muitas vezes desconhecido e subestimado na indústria da música.
Chimamanda Ngozi Adichie não só é uma ótima escritora, como faz muito bons TED Talks. Em um deles, ela fala do “perigo de uma história única”, onde alerta sobre o risco em simplificar as narrativas e não olhar além da superfície, e a diferença que isso pode fazer na compreensão e percepção de diferentes culturas, povos e lugares. Impossível não lembrar disso quando se nota a uniformização da cobertura jornalística na morte de grandes personalidades - sendo Tina Turner o caso mais recente.
O noticiário voltado para a despedida da cantora americana é reverente, como deve ser. Porém, é impossível escapar à narrativa da mulher sofrida, vitimizada pelo marido abusador, similar ao que aconteceu com Elza Soares há mais de um ano. Em todos os obituários, o nome de Ike Turner aparece com considerável destaque, o que não faz jus à mulher e artista que Tina foi.
Tina Turner foi pioneira na música de várias maneiras. Ela quebrou barreiras como uma das primeiras mulheres negras a se tornar um ícone global do rock n' roll. Ela trouxe uma energia e presença de palco incomparáveis, combinadas com sua poderosa voz. Além disso, também foi uma das primeiras artistas a alcançar sucesso solo após uma carreira inicial em uma dupla musical, mostrando sua versatilidade e talento. Ela se tornou um símbolo de força, independência e determinação para muitas mulheres, inspirando gerações de artistas femininas a seguir seus próprios caminhos na indústria da música.
Turner fez uma transição sem esforço para papéis no cinema, aparecendo como a Acid Queen na adaptação cinematográfica de 1975 da ópera rock “Tommy”, do The Who, e como a vilã Aunty Entity na sequência de ação “Mad Max Além da Cúpula do Trovão”, dirigido por George Miller. Ela também interpretou a música tema, escrita por Bono e The Edge do U2, para o filme de James Bond de 1995, “GoldenEye”. Vencedora de oito prêmios Grammy, Turner foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame em 1991 e foi homenageada no Kennedy Center Honors em 2005 por suas conquistas na carreira.
É bem verdade que Tina fez uma dupla com Ike Turner por aproximadamente duas décadas. Durante esse período, Ike & Tina Turner alcançaram um sucesso comercial significativo, principalmente com hits como “Proud Mary” e “River Deep - Mountain High”. Eles foram aclamados por sua energia no palco e Tina se destacou como uma vocalista poderosa, enquanto Ike contribuiu com suas habilidades musicais e composições.
No entanto, após o divórcio conturbado em 1978, Tina embarcou em uma carreira solo que acabou se tornando extraordinariamente bem-sucedida. Ela reinventou sua imagem e estilo musical, adotando uma abordagem mais pop e rock. Seu álbum “Private Dancer”, lançado em 1984, foi um marco e gerou vários hits, incluindo “What's Love Got to Do with It” e “Better Be Good to Me”. Tina se tornou uma das artistas femininas mais populares e icônicas dos anos 80 e 90, conquistando vários prêmios e lotando estádios em suas turnês mundiais.
Em termos de sucesso comercial, a carreira solo de Tina Turner superou significativamente a popularidade alcançada por Ike & Tina Turner como uma dupla. Seu talento vocal inegável, carisma magnético e seu trabalho árduo ao longo dos anos impulsionaram seu sucesso e a solidificaram como uma lenda da música. Sua carreira solo não apenas consolidou seu legado, mas também a estabeleceu como uma das artistas mais influentes e respeitadas da indústria musical.
Ike foi uma vírgula na trajetória de Tina Turner. Uma nota de rodapé que deve, sim, ser citada e jamais esquecida. Mas não de se deixe enganar: Tina Turner não se tornou quem foi por causa de Ike. Ela se tornou realeza musical apesar de dele.
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