Spotlight #30: Retorno do Foo Fighters, técnico de Lana xinga brasileiros e Taylor Swift vem
Lançamentos e músicas de sucesso da semana!
Olá!
A semana foi recheada, com direito a lançamentos pesados e muitas tretas. Talvez a principal delas envolva um técnico da equipe de Lana Del Rey, que chamou brasileiros de “lixos humanos” depois que teve seu iPhone roubado no Rio, onde Lana encantou o público do MITA. Isso não deve impedir Bruno Mars de bater cartão da cidade mais uma vez, em 2024, com um possível show no Rock in Rio. E muito menos de Taylor Swift finalmente atender seus fãs daqui, com passagens da Eras Tour pelo Rio e São Paulo.
Outra treta envolve um veterano no assunto: Roger Waters. Ele está enfrentando acusações de incitação ao nazismo, das quais já se defendeu. Ah e o vocalista do Royal Blood, que xingou o público durante um show meio… morno?
Celine Dion voltou a cancelar uma sequência de shows até pelo menos 2024, devido a uma doença neurológica rara. Quem também deu um susto de saúde foi Sidney Magal, que passou mal no palco. Mas houve também boa surpresa ao vivo: Keanu Reeves se reuniu com sua antiga banda, Dogstar, retomando trabalhos depois de duas décadas. Aliás, essa é a medida usada por aí pra elogiarem o novo e aguardado disco do Foo Fighters - o melhor da banda em duas décadas. Será? Saiba mais abaixo e ouça no nosso podcast da semana.
A banda novaiorquina Interpol foi, novamente, confundida com a sua homônima - aquela mesma, a polícia internacional. Tudo isso por causa de Nicolás Maduro botar os pés no Brasil. Pois é. Já Mark Hoppus, do blink-182, passou por uma confusão devido à sua aparência física. É que, ao que tudo indica, ele lembra o ator Matthew Perry, que interpretava Chandler na série Friends.
Uma inteligência artificial ampliou capas de discos icônicos da música brasileira, enquanto o ChatGPT elegeu os melhores discos nacionais - sente falta de algum? Falando em saudade, Noel Gallagher mandou avisar pra quem ainda não entendeu: não vai ter retorno do Oasis mesmo. Quem também deu a real foi Hayley Williams, categórica: fãs do Paramore que votarem no conservador Ron DeSantis estarão “mortos” pra ela.
E naquele momento “quem diria” de hoje, a venda de CDs teve aumento em 2023. E quer saber mais? Esse tal de roquenrou continua vivo, liderando as vendas de vinil. Mas se o assunto é metal, Ozzy Osbourne disse que não deve levar crédito por criá-lo, pois na música “tudo se copia”.
E ainda tem muito mais, logo abaixo! Bora sextar juntos?
Nathália Pandeló
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Na nossa última semana de esquenta para o MITA - que acontece em São Paulo nos dias 03 e 04 de junho depois de um primeiro fim de semana explosivo no Rio -, precisamos exaltar a potência sonora chamada Duda Beat! Dona de um vocal carregado no seu sotaque pernambucano, muito charme e borogodó, ela mescla ritmos nordestinos com um toque carioca, já que mora no Rio há muitos anos. Muito disso é fruto de sua parceria com a dupla Lux & Tróia, que a acompanham nos palcos ao lado de outros grandes músicos e backing vocals.
Já faz algum tempo que Duda Beat é a trilha sonora dos nossos desejos, amores e desamores, cantando tudo isso com poder e vulnerabilidade ao mesmo tempo. Nos shows, as canções se tornam oportunidades para dançar e ser impactado pelos figurinos sempre muito bem escolhidos de uma das nossas mais recentes rainhas fashion na música brasileira.
Não é à toa que a moça coleciona parcerias e elogios de gente como Ivete Sangalo, Anitta, Céu e Nando Reis.
Não perca esse e muitos outros shows inesquecíveis no MITA SP esse final de semana! Os ingressos já estão à venda!
Confira alguns dos principais lançamentos dessa sexta!
Foo Fighters - But Here We Are
11º álbum de estúdio do Foo Fighters, “But Here We Are” foi produzido por Greg Kurstin e a própria banda. Este é o primeiro álbum de estúdio desde a morte de seu marcante baterista, Taylor Hawkins, em março de 2022. Por isso, o vocalista Dave Grohl tocou e gravou todas as faixas de bateria do álbum. Quatro singles, "Rescued", "Under You", "Show Me How" e "The Teacher" foram lançados antes do álbum. Josh Freese foi anunciado como substituto de Hawkins para a turnê após seu lançamento. Confira nossa resenha no site!
Avenged Sevenfold - Life Is but a Dream...
Este é o oitavo álbum de estúdio da banda americana de heavy metal. Seu lançamento chega quase sete anos depois de seu antecessor, “The Stage” (2016), marcando o maior intervalo da banda entre os álbuns de estúdio até hoje. É também o primeiro disco a apresentar o mesmo baterista do álbum anterior desde “Avenged Sevenfold” (2007). Semelhante a “The Stage”, “Life Is but a Dream...” foi produzido pela banda com Joe Barresi. Ele marca o retorno do A7X à Warner após uma disputa legal entre a banda e a Warner Music em meados de 2010.
Noel Gallagher's High Flying Birds - Council Skies
Quarto álbum da banda de Noel Gallagher e produzido pelo próprio Noel e pelo engenheiro de longa data Paul Stacey. Será o primeiro álbum que Gallagher gravou em seu próprio estúdio de gravação: Lone Star Studios com sessões de cordas ocorrendo no Abbey Road Studios. Cinco singles foram lançados do álbum: "Pretty Boy", "Easy Now", "Dead to the World", "Open The Door, See What You Find" e a faixa-título "Council Skies".
Ben Folds - What Matters Most
“What Matters Most” é o quinto álbum de estúdio do cantor e compositor americano e seu primeiro desde “So There” em 2015. Em uma entrevista, Folds chamou seu álbum de o mais "verdadeiro" até agora, dizendo "Eu venho da era do vinil. […] Há uma sequência e um arco muito específicos para cada lado , tudo construindo para este final positivo quase surreal. […] Não acho que seja um álbum que eu poderia ter feito em qualquer outro momento da minha carreira".
Rancid - Tomorrow Never Comes
Décimo álbum da banda americana de punk rock, “Tomorrow Never Comes” marca o primeiro disco em seis anos desde “Trouble Maker” de 2017 e é o maior intervalo entre os álbuns de estúdio em sua carreira. “Tomorrow Never Comes” foi mais uma vez produzido pelo fundador da Epitaph Records e guitarrista do Bad Religion, Brett Gurewitz, que já produziu seis álbuns consecutivos para o Rancid e oito dos dez álbuns da banda. Ah, e é o álbum mais curto do Rancid até agora, com 28 minutos e 47 segundos.
Rufus Wainwright - Folkocracy
Nesse aqui, vamos só deixar a lista de convidados: Anohni, Andrew Bird, David Byrne, Brandi Carlile, Sheryl Crow, Madison Cunningham, Susanna Hoffs, Chaka Khan, John Legend, Anna McGarrigle, Van Dyke Parks, Nicole Scherzinger, Chris Stills e Chaim Tannenbaum. Pronto, é o suficiente.
Ben Harper - Wide Open Light
O cantor e compositor vencedor do Grammy lança seu 17º álbum. “Wide Open Light” apresenta arranjos minimalistas, destacando a voz e o violão acústico de Harper. Com uma intensidade silenciosa, o álbum explora os pensamentos de uma pessoa de meia-idade, refletindo sobre a vida. O primeiro single, "Yard Sale", contou com a participação do amigo de longa data, Jack Johnson.
Bob Dylan - Shadow Kingdom
Mesmo com o fim de sua longa série Bootleg (a última saiu em janeiro), o bardo americano continua prolífico como sempre. Este registro retrabalha o repertório do show online transmitido por Dylan no auge da pandemia. Agora, algumas de suas canções mais obscuras receberam o tratamento de estúdio, bem como clássicos como “It’s All Over Now, Baby Blue” e “Forever Young”.
A banda americana The Aces lança hoje seu terceiro disco, “I’ve Loved You For So Long”. Três das quatro integrantes são LGBTQIA+ e isso aparece na forma que escrevem sobre amor, desejo e até questões de saúde mental. Falando ao TMDQA! sobre esse novo trabalho, a vocalista Cristal Ramirez explicou porque este pode ser seu álbum mais pessoal até o momento, falando abertamente sobre sua criação reprimida como mórmons e seu processo de aceitação e cura:
Acho que estamos num ponto em que nós estamos muito prontas para falar das nossas identidades completas e de onde viemos, sentimos que é uma história impactante, de ter feito uma carreira na música, levando em conta nossa origem e o que tivemos que superar. Três das quatro são queer, somos todas mulheres, e há tantas pessoas que poderiam se beneficiar da nossa história. O quão mais vulnerável você for, mais se conectará com as pessoas. Para nós, só queremos ser um espaço seguro para as pessoas, pessoas queer, qualquer um que precise da nossa música. Também estamos num lugar em que estamos prontas para falar dessas coisas, porque tivemos tempo suficiente para amadurecer, sair da nossa cidade natal, nos distanciar de certas coisas na forma como fomos criadas. E poder olhar para trás e articular a forma como nos sentimos.
Confira abaixo as paradas da Billboard, divididas por gêneros, tendências e mais música brasileira.
Singles - Brasil
Ana Castela - “Nosso Quadro”
MC Caveirinha & KayBlack - “Cartão Black”
Simone Mendes - “Erro Gostoso”
Israel & Rodolffo & Mari Fernandez - “Seu Brilho Sumiu”
Zé Neto e Cristiano - “Oi Balde”
Singles - Global
Bad Bunny - “Where She Goes”
Eslabon Armado X Peso Pluma - “Ella Baila Sola”
Fifty Fifty - “Cupid”
Yng Lvcas x Peso Pluma - “La Bebe”
Miley Cyrus - “Flowers”
Bombando no Twitter
LE SSERAFIM - “Eve, Psyche and The Bluebeard’s Wife”
Tina Turner - “The Best”
Diddy, City Girls & Fabolous - “Act Bad”
Tina Turner - “What's Love Got To Do With It”
Yeat With Young Thug - “My Wrist”
Rock & Alternativo
Zach Bryan - “Something In The Orange”
Jelly Roll - “Need a Favor”
Stephen Sanchez - “Until I Found You”
Lana Del Rey - “Say Yes to Heaven”
Nicky Youre & dazy - “Sunroof”
R&B e Hip Hop
SZA - “Kill Bill”
Toosii - “Favorite Song”
Lil Durk featuring J. Cole - “All My Life”
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage - “Creepin’”
The Weeknd & Ariana Grande - “Die For You”
Pop
Miguel - “Sure Thing”
Miley Cyrus - “Flowers”
Rema & Selena Gomez - “Calm Down”
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage - “Creepin’”
SZA - “Kill Bill”
Hoje, temos mais uma convidada especialíssima: Samara Joy, jovem cantora de jazz que se apresentou recentemente no C6 Fest. Em entrevista ao site, ela entregou qual a sua série favorita de todos os tempos - e a reposta vai te surpreender:
That’s So Raven / As Visões da Raven
Onde assistir: Disney+
Duração: 4 temporadas com episódios de aproximadamente 24 minutos
Minha série favorita é That’s So Raven. E eu amo, porque cresci assistindo Disney Channel. Essa era a única série que me fazia pensar “quero ser engraçada como a Raven, quero me vestir como ela”. Ela era meu exemplo de pessoa! That’s So Raven é a minha favorita.
Ultimamente, os catálogos editoriais de grandes nomes da música parecem um grande leilão, com anúncios frequentes de aquisições astronômicas. Ao longo dos últimos anos, esta tornou-se certamente uma das maiores tendências da indústria musical. Nomes como Bruce Springsteen, Bob Dylan, Stevie Nicks, Shakira e Justin Bieber fizeram acordos para vender seus catálogos por centenas de milhões de dólares. A nova do momento impressiona: o Queen pode vender suas músicas para a Universal por US$1 bilhão!
Muito do que está acontecendo na indústria da música reflete as tendências recentes em Hollywood. O apetite por conteúdo continua a crescer, e estúdios e empresas de produção estão sendo adquiridos por valores mais altos do que o habitual. O dinheiro que está fluindo tanto para Hollywood quanto para a indústria da música vem em grande parte de empresas de private equity com bolsos fundos, após a recuperação do mercado após a pandemia.
Embora muitos tenham previsto uma desaceleração nas vendas de catálogos musicais, o oposto vem ocorrendo, com dois grandes acordos já anunciados em 2023. Este novo mercado emergente de venda de catálogos tem chamado a atenção devido às avaliações exorbitantes alcançadas pelos artistas. A venda de um catálogo musical é essencialmente a transferência dos direitos autorais de toda a obra de um compositor para uma única entidade, que pode ser uma gravadora, uma empresa ou até mesmo um investidor individual. Essa tendência começou com artistas lendários, que decidiram capitalizar suas extensas carreiras musicais vendendo seus catálogos.
Um dos principais impulsionadores desse mercado é a crescente demanda por conteúdo musical. Com o surgimento de várias plataformas de streaming e a mudança nos hábitos de consumo de música, há uma necessidade constante de canções pop e aclamadas para alimentar essas plataformas. Os catálogos de artistas renomados oferecem um tesouro de músicas que podem ser exploradas e usadas em várias formas de mídia, incluindo filmes, programas de TV, anúncios e muito mais.
Essas vendas de catálogos musicais também são impulsionadas pelos fundos de investimentos, que estão dispostos a apostar grandes somas de dinheiro em ativos tangíveis e lucrativos. Com os avanços na tecnologia e a facilidade de acesso a músicas por meio de plataformas digitais, esses catálogos têm potencial para gerar receitas significativas a longo prazo. Além disso, são considerados relativamente seguros em comparação com outros investimentos de risco, tornando-os atraentes para os investidores.
No entanto, essa tendência levanta algumas preocupações. Muitos críticos argumentam que a venda de catálogos musicais pode levar à perda de controle artístico por parte dos artistas e à exploração excessiva de suas obras. Quando os direitos autorais são transferidos para uma única entidade, esta passa a ter o poder de tomar decisões sobre o uso e a distribuição das músicas, muitas vezes sem a consulta ou o consentimento dos artistas originais.
Além disso, a venda de catálogos musicais pode ter um impacto duradouro na forma como a música é apreciada e consumida. À medida que mais e mais catálogos são adquiridos por grandes corporações, existe o risco de que a diversidade e a variedade na indústria musical sejam comprometidas. As músicas se tornam mais uma mercadoria, onde o valor é medido pelo potencial comercial, em vez do valor artístico intrínseco.
É crucial encontrar um equilíbrio entre esses dois valores na venda de catálogos musicais. Os artistas devem ser capazes de aproveitar as oportunidades financeiras que essas vendas oferecem, mas também devem ter um papel ativo na proteção de sua obra e na tomada de decisões relacionadas ao uso de suas músicas.
À medida que o mercado de venda de catálogos musicais continua a se expandir, é importante que os reguladores e as partes interessadas da indústria estejam atentos aos impactos potenciais dessas transações. Devem ser estabelecidas salvaguardas para proteger os direitos dos artistas e garantir a preservação da diversidade e da integridade artística na indústria da música.
É importante que todos os envolvidos considerem cuidadosamente os impactos a longo prazo dessas transações e trabalhem para encontrar um equilíbrio entre os aspectos comerciais e artísticos dessa indústria em constante evolução.
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