Spotlight 39: Red Hot fatura alto, retorno de IZA, Karol G e Maluma 'tão ok'
Lançamentos e músicas de sucesso da semana!
Olá!
A semana se encerra com um golpe de oportunidade: o Nickelback está mostrando que leva os haters tão na esportiva que vai lançar um documentário sobre isso. Se pra uns a recepção não é das melhores, pra outros é só sucesso: o Red Hot Chili Peppers celebra o fato de que tem o maior público no quesito turnês de rock em 2023.
A cantora Lizzo está sendo acusada por ex-dançarinos de assédio sexual e moral, gordofobia e de fomentar um ambiente de trabalho hostil. As tretas não param por aí: os torcedores do Palmeiras não estão felizes com o uso constante de seu estádio para shows. Mas o calendário de São Paulo está movimentado, inclusive para além do Allianz Parque. O Primavera Sound divulgou o line-up dividido por dia.
Por outro lado, brasileiros conseguem transformar tudo em piada - inclusive a eliminação da Copa do Mundo de futebol feminino. Sobrou até pro Alceu Valença!
De forma respeitosa, Mike McCready, guitarrista do Pearl Jam, mostrou uma música inédita que compôs para o amigo, Chris Cornell. Falando em despedidas, aconteceu um tributo a Sinéad O’Connor em que Foo Fighters e Alanis Morissette dividiram o palco.
Agora Eminem usa numa camiseta o nome dos melhores rappers que considera os melhores de todos os tempos - e o primeiro lugar dificilmente é quem você imagina.
Esse é só o resumo dos últimos dias - tem muito mais logo abaixo! Bora sextar?
Nathália Pandeló
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Confira alguns dos principais lançamentos dessa sexta!
IZA - “Afrodhit”
A cantora apresenta em seu novo álbum uma persona mais feminista, livre e apaixonada. O álbum é notável por ser o mais pessoal de sua carreira até o momento e quase autobiográfico. O trabalho reflete a recente separação da artista, que se tornou um ponto de virada em sua vida e teve uma forte influência na criação das músicas.
Miles Kane - “One Man Band”
Este é o quinto álbum de estúdio de Miles Kane (The Rascals, Last Shadow Puppets) e resgata suas raízes no indie rock, apresentando principalmente o uso de guitarra. O disco foi produzido em Liverpool por James Skelly e tem participação de Tom Ogden.
Quavo - “Rocket Power”
O rapper, conhecido como integrante do Migos, anunciou o projeto por meio de um trailer que mostra um grande foguete sendo preparado para lançamento espacial. O artista disse que o álbum reflete todas as suas emoções, resultado de um processo de cura após uma tragédia. Esse será o primeiro álbum de Quavo desde a morte de Takeoff, também membro do Migos, em novembro de 2022. Recentemente, Quavo colaborou com Future em uma nova música chamada "Turn Yo Clic Up", após lançar os singles "Greatness" e "Honey Bun".
Júlia Branco - “Baby Blue”
Depois de 5 anos do primeiro trabalho, o segundo disco de Júlia Branco chega com produção de Ana Frango Elétrico e composições solo ou em parceria com Siso, Bruno Cosentino e Guilherme Lírio, além de uma inédita de Arnaldo Antunes e uma regravação de Caetano Veloso. Perpassando a temática da maternidade, “Baby Blue” versa sobre o tempo e traz uma abordagem sonora entre o nostálgico e o futurismo. O disco chega pela dobra discos e sai também em LP e fita cassete.
Grupo Frontera - “El Comienzo”
Este é o primeiro álbum da banda mexicana. O Grupo Frontera ganhou destaque com o sucesso de seu single "No se va", uma nova versão da música original de Morat, mas cruzou para o mainstream com um hit considerável ao lado de Bad Bunny: “un x100to”. O álbum contém 12 músicas de música regional mexicana.
Jessie Ware conversou com o TMDQA! sobre se unir com a maravilhosa Róisín Murphy no remix de “Freak Me Now”. Perguntada sobre sua relutância em se reconhecer como artista, Jessie declarou:
Eu me senti uma fraude nos primeiros discos. Eu não conseguia dizer que era artista, eu falava que era cantora. Eu me sentia uma idiota dizendo “artista”. Mas com os últimos dois discos, porque houve um conceito maior em torno deles, houve uma identidade maior, eu sinto que sou a artista que pretendia ser, mas não sabia como chegar lá. Eu parava, eu me segurava por ter medo, por estar em negação, pela autodepreciação. Eu era minha pior inimiga com isso. Era o medo de dizer que eu era artista e que as pessoas usassem isso contra mim. Sinto que passei pela tempestade – de entender quem eu sou – e acho também é por conta de amadurecer, sabe? [...] Por ser mulher, e isso me faz ficar muito brava comigo mesma. Mas sinto que estou fazendo minhas melhores músicas, e eu já estou no quinto álbum. Muita gente não consegue fazer nenhum disco, e eu cometi erros, aprendi e ainda estou aprendendo. Tive o espaço de conseguir fazer os álbuns, graças à minha gravadora, mas também graças aos fãs, que ficaram ali. Sinto que todos estavam esperando que eu estourasse. As pessoas ainda estão me descobrindo, o que é muito empolgante. Me tornei a artista que me sinto confortável de ser. E isso é a uma sensação muito maravilhosa e reconfortante.
Confira abaixo as paradas da Billboard, divididas por gêneros, tendências e mais música brasileira.
Singles - Brasil
Dennis e MC Kevin O Chris - “Tá OK”
MC Livinho & DJ Matt D - “Novidade na Área”
Kadu Martins - “Halls na Língua”
Vulgo FK, MC PH & Veigh - “Ballena”
Ana Castela - “Nosso Quadro”
Singles - Global
Jung Kook Featuring Latto - “Seven”
Jason Aldean - “Try That In A Small Town”
NewJeans - “Super Shy”
Myke Towers - “LaLa”
Travis Scott, Bad Bunny & The Weeknd - “K-Pop”
Bombando no Twitter
Offset Featuring Cardi B - “Jealousy”
Travis Scott - “Skitzo”
Travis Scott - “Meltdown”
Gucci Mane - “Woppenheimer”
Mysta Rias - “Detect My Love”
Rock & Alternativo
Jelly Roll - “Need a Favor”
Billie Eilish - “What Was I Made For?”
Zach Bryan - “Something In The Orange”
Noah Kahan - “Dial Drunk”
Ryan Gosling - “I’m Just Ken”
R&B e Hip Hop
Gunna - “Fukumean”
Travis Scott, Bad Bunny & The Weeknd - “K-Pop”
Nicki Minaj & Ice Spice With Aqua - “Barbie World”
Lil Durk featuring J. Cole - “All My Life”
SZA - “Snooze”
Pop
Taylor Swift - “Cruel Summer”
Rema & Selena Gomez - “Calm Down”
Taylor Swift - “Karma”
Miguel - “Sure Thing”
Morgan Wallen - “Last Night”
Nelson Motta está de volta à coluna para compartilhar mais uma dica, dessa vez para uma série imperdível. Motta é um homem com um olhar diferenciado para produtos culturais, seja música, TV ou cinema. Não é à toa que assina a curadoria do festival Doce Maravilha, que acontece em agosto no Rio de Janeiro!
The Deuce
Onde assistir: HBO Max
Duração: 3 temporadas, episódios de 1h aproximadamente
Uma série sensacional se chama The Deuce. É uma gíria para o diabo, é com o James Franco e a Maggie Gyllenhaal, também produtores da série. Se passa em 1970, na Times Square, um ambiente de putas, de cafetões, de pornoshops. Uma riqueza visual, as roupas da época... Era um mundo que só existia ali, em Nova York. Um mundo de degradação. E há essa personagem que é uma garota de programa. Todas têm cafetão e ela não, ela é independente. Então ela acaba se tornando diretora da indústria do cinema pornô, que estava começando na época. É muito bom, muito divertido. Um visual exuberante, músicas espetaculares e uma história incrível.
Ontem à noite, o jogo virou. Quando o remix de “Tá OK” surgiu nas plataformas e com um clipe quentíssimo, abriu-se um novo portal de possibilidades para a música latina no Brasil.
Estamos falando do hit de Dennis e MC Kevin O Chris, uma faixa que furou as barreiras de língua, chegando a figurar em #25 nos charts globais do Spotify - volta ali em cima nos charts para ver em que posição ela está. Para o remix, os brasileiros não miraram baixo e recrutaram dois dos nomes mais incensados da música em espanhol: Karol G e Maluma. Os dois têm proximidade com o Brasil, já têm feat juntos e agora mostram a conexão com as batidas brasileiras que, para muitos, pode parecer improvável - mas que fica bem clara desde o início do remix. A sintonia dos beats do funk com os do reggaeton se torna evidente nas novas transições e viradas que Dennis traz para a faixa já dançante.
Karol G rouba a cena sem o menor esforço. “Tira a camisa / Levante pro alto e comece a rodar”, ela dispara. Maluma logo se enrola numa bandeira do Brasil e mostra que os colombianos estão dispostos a criar conexões rápidas com o maior mercado de música na América Latina - afinal, a “Tá OK” original tem menos de dois minutos. Aqui, ela aparece anabolizada, com quase três e meio, criando espaço para todos brilharem. Os beats de Dennis e o flow de Kevin incendeiam a favela (Chris surge em cenas do clipe original), enquanto Maluma entra em cena direto da Bélgica e Karol G aparece em Los Angeles.
Tão logo o clipe estreou, “tira a camisa” entrou nos trending topics no Twitter. A turma do funk comemorou o feat internacional. Não se deixe enganar pela proximidade: Maluma e Karol G são astros em qualquer mercado musical. Já os fãs do pop latino, do reggaeton e música em espanhol celebraram um novo fôlego para a entrada destes e novos artistas num cenário tão fechado aos países vizinhos.
Quando cantam funk, os colombianos não metem: nossos ritmos cruzam as fronteiras com a maior facilidade. O mesmo não acontece aqui, por uma combinação de fatores: falta de identificação com os países do entorno, o pouco contato com a língua e principalmente porque o Brasil é o país que mais consome a própria música, criando um mercado amplamente autossuficiente.
Porém, quando esses intercâmbios acontecem de forma bem sucedida, rendem frutos para ambos os lados. Anitta sabia disso há tempos, tanto que esse novo feat tem as digitais de “Vai Malandra” impressas por todo ele - do som às imagens. Mas já passou da hora de alguém ocupar esse espaço e criar novas pontes. As possibilidades são infinitas e quando artistas com tamanha exposição se unem, mudanças reais podem acontecer.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades: