Spotlight 46: blink-182 faz "terapia de casal" e as polêmicas indicações do Grammy Latino
Lançamentos e músicas de sucesso da semana!
Olá! Encerrando a semana com notícias quentes!
Como já não bastasse ter shows de Kendrick Lamar, Halsey e Thundercat, entre outros, o GP Week anunciou ainda IZA, Tasha & Tracie e Hodari. O Porão do Rock também estará em clima festivo com um show especial dos Raimundos em homenagem a Canisso.
Agora o São Paulo encontrou uma Taylor Swift pra chamar de sua, com torcedores achando conexão entre vitórias do tricolor e lançamentos de Olivia Rodrigo - a rainha dos charts de rock (dá uma olhadinha logo abaixo).
A música brasileira aparece no ranking de 50 melhores discos de rock da América Latina da Rolling Stone gringa. Falando no menino rock n’ roll, dos 150 artistas mais ouvidos no Spotify, apenas 5 são do gênero. Mas o blink-182 não desistiu e voltará com o que chamou de seu “melhor disco da carreira”, com música nova já no ar. E no tópico de charts, confira as 50 músicas mais ouvidas no primeiro semestre no Brasil.
Josh Klinghoffer mostra que é pau pra toda obra assumindo novamente as baquetas no Pearl Jam depois de Matt Cameron testar positivo para Covid - e ainda tocou cover de Wet Leg, porque sim. Aliás, o Spotify também surpreende lançando o jogo da cobrinha em pleno 2023.
Agora, esse Eddie tá diferente (já diria Chico Buarque)… Recriaram o mascote do Iron Maiden com inteligência artificial - e não é que ficou bom? Uma grata surpresa foi Gabriel Henrique, cantor brasileiro que arrancou elogios dos jurados do America’s Got Talent - aqui é Brasil, rapá! Falando nisso, saíram as indicações ao Grammy Latino - confira os indicados do nosso país e saiba mais abaixo.
Continue lendo para se inteirar das novidades da semana!
Nathália Pandeló
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The National - “Laugh Track”
A banda surpreendeu os fãs com o lançamento de seu segundo álbum surpresa, “Laugh Track”, durante o seu Homecoming Festival. O disco de 12, bem, tracks é uma continuação do material das sessões de “First Two Pages of Frankenstein”, com uma abordagem mais livre e prática. “Laugh Track” também apresenta participações especiais, incluindo Phoebe Bridgers, Bon Iver e Rosanne Cash, e reflete uma nova direção criativa da banda.
Doja Cat - “Scarlet”
Atração do Lollapalooza Brasil desse ano, Doja Cat segue em alta com singles deste álbum em múltiplos charts. Agora “Scarlet” promete ser um esforço mais agressivo da artista que ganhou notoriedade com o sucesso de “Say So” - um feat com Danny Bond Nicki Minaj -, estourou com o disco “Planet Her” e agora se inspira nas tretas com os próprios fãs e os críticos de música para criar esse álbum.
Kylie Minogue - “Tension”
Este é o 16º álbum de estúdio da cantora australiana e seu primeiro grande trabalho desde “Disco”, de 2020. Influenciado pelo electropop, “Tension” abrange uma ampla gama de gêneros pop-eletrônicos, indo desde o synthpop dos anos 1980, disco e funk, até notas contemporâneas de dance-pop e EDM. Apesar de não ter um tema central,o álbum apresenta composições que exploram o amor, desilusão amorosa e diversão.
Teenage Fanclub - “Nothing Lasts Forever”
“Foreign Land” abre o álbum, capturando a melancolia do final de uma estação. Gravado em ambiente rural galês, o disco é permeado por uma sensação de espaço e beleza. A banda, sem um plano definido, criou o álbum de forma rápida e harmoniosa.
Loyal Gun - “Leitmotif”
A banda evolui sua música em “Leitmotif”, parte dois de uma trilogia que explora a transitoriedade da vida, utilizando a técnica do leitmotif para destacar ciclos que moldam nossa identidade ao longo do tempo. O disco conta com 10 faixas, cada uma explorando temas e estilos musicais únicos.
Conversamos com Baby do Brasil sobre o legado de “Acabou Chorare”, álbum icônico que os Novos Baianos estão celebrando em shows pelo Brasil.
Quando percebemos que estamos gravando um disco que tinha verdade na música, na letra, nos arranjos, na melodia, nas vozes, nas interpretações, na amizade, na cumplicidade da vida, começamos a ter certeza que seria um marco na nossa carreira e desejamos juntos, com muito querer, que se tornasse um marco na história da música do Brasil, para brasileiros e para o mundo. Mas não tínhamos certeza de que isso iria acontecer realmente, pois durante muitos anos não éramos reconhecidos, mas, de repente, a semente nasceu. Booom! E os Novos Baianos, de semente saborosa virou um farto banquete, repleto de delícias de brasilidade!
Confira abaixo as paradas da Billboard, divididas por gêneros, tendências e mais música brasileira.
Singles - Brasil
Luísa Sonza - “Chico”
Kevin O Chris & DJ Nk Da Serra - “Faz Um Vuk Vuk (Teto Espelhado)”
Grupo Menos E Mais & Matheus Fernandes - “Lapada Dela”
Ana Castela - “Solteiro Forçado”
DENNIS E MC Kevin O Chris, Maluma & Karol G - “Tá OK”
Singles - Global
Doja Cat - “Paint The Town Red”
Jung Kook Featuring Latto - “Seven”
Olivia Rodrigo - “Vampire”
V - “Slow Dancing”
Olivia Rodrigo - “Bad Idea Right?”
Bombando no Twitter
Cravity - “Ready or Not”
MohBad - “Peace”
Nicki Minaj - “Big Difference”
Shakira - “Objection (Tango)”
MohBad - “Feel Good”
Rock & Alternativo
Zach Bryan feat. Kacey Musgraves - “I Remember Everything”
Olivia Rodrigo - “Bad Idea Right?”
Olivia Rodrigo - “Get Him Back!”
Olivia Rodrigo - “All-American Bitch”
Olivia Rodrigo - “Ballad of a Homeschooled Girl”
R&B e Hip Hop
Doja Cat - “Paint The Town Red”
SZA - “Snooze”
Gunna - “Fukumean”
Cardi B & Megan Thee Stallion - “Bongos”
Nicki Minaj & Ice Spice With Aqua - “Barbie World”
Pop
Dua Lipa - “Dance The Night”
Taylor Swift - “Cruel Summer”
Olivia Rodrigo - “Vampire”
Nicki Minaj & Ice Spice With Aqua - “Barbie World”
SZA - “Snooze”
Esta semana, recebemos uma recomendação oscarizada de ninguém menos que Gabriel O Pensador, que acaba de lançar seu ótimo novo disco, “Antídoto Pra Todo Tipo de Veneno”.
A Baleia
Onde assistir: Now (NET/Claro); disponível para aluguel e compra na AppleTV+, Amazon e Google Play.
Duração: 1h56
Um filme que me emocionou foi A Baleia. Foi bem falado, é bem conhecido. Mas pra quem não viu ainda, é um filme diferente, um drama pessoal. Não gosto de dar muito spoiler, mas eu lembro que fiquei bem mexido com o filme. O cinema tem isso, é bom quando ele consegue mexer com as nossas emoções.
Anúncios de indicações de prêmios sempre vêm acompanhados de críticas, afinal há muito mais artistas que ficaram de fora do que os que receberam reconhecimento. Mas o Grammy Latino entra em um terreno diferente. Não se trata apenas de tomar as dores dos “esnobados”, é muito mais uma questão identitária mesmo.
Primeiro, que o Grammy Latino parte de uma perspectiva americanizada da música latina, tanto que suas cerimônias são realizadas em lugares como Las Vegas, Miami e Los Angeles. Em 2023, a Academia resolveu colocar o show na estrada e ir para… Sevilha. Isso mesmo, na Espanha. Aquele país que não fica na América Latina. O país que teve vitórias criticadas de Rosalía, C. Tangana e outros. O país que saqueou boa parte dos que estão, de fato, na América Latina. Aquela Espanha.
Na categoria de Música de Raízes em Língua Portuguesa, outra surpresa: Carminho, cantora que lança um disco de fado literalmente intitulado “Portuguesa”. Logo nessa categoria que os brasileiros estão acostumados a dominar. Ali, entre Almir e Gabriel Sater, Gaby Amarantos, Elba Ramalho e João Gomes, Carminho parece mesmo um pouco deslocada - não importa quantas vezes ela venha ao Brasil fazer shows.
A cada ano, o Grammy consegue a proeza de ser acusado de elitismo e preconceito cultural de um jeitinho diferente. Seja eliminando a categoria de jazz, como alguns anos atrás - em 2023, ainda bem, ela sobrevive e ainda tem Hamilton de Holanda representando o Brasil -, seja deixando de lado o maior nome da música latina este ano: o peso pesado Peso Pluma, rei do regional mexicano, só aparece com o hit “Ella Baila Sola”, que ele não compôs e por isso não ganha tapinha nas costas da Academia.
Em geral, premiações não fazem diferença real na vida de muitos artistas, indicados ou vencedores. No Grammy Latino, isso não é verdade. Uma simples indicação é a validação para que nomes emergentes da música regional possam subir em palcos maiores, usando o carimbo da Academia para angariar melhores cachês e condições de trabalho, conseguir exposição na mídia e se conectar com seus pares em um nível mais alto. É assim na música brasileira atual e em muitas outras cenas dos países vizinhos.
Mas a voz do povo é mais alta que a de qualquer Academia. Os sons periféricos, de resistência, de preservação cultural dos ritmos identitários das mais distantes quebradas latinas seguem prosperando, ganhando palcos mundo afora. Seja com Karol G, seja com YoungMiko. Ainda bem.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades: