Spotlight 53: Primavera Sound São Paulo por 10 anos, The Cure no Brasil e line-up do Lolla
Confira os lançamentos para sextar!
Olá!
A semana teve boas notícias para os fãs de festivais! O Primavera Sound assinou contrato de 10 anos com a T4F e continuará realizando o evento em São Paulo. Além disso, saiu o line-up do Lollapalooza Brasil de 2024. Já contamos no site como ficar de olho nos ingressos. Temos riot grrrls por aqui? O Bikini Kill mandou avisar que virá ao país! E os fãs indie vão poder finalmente ver o Pavement de volta ao Brasil no C6 Fest.
Não poderia ser diferente: Zack de la Rocha furou a indução do Rage Against the Machine no Hall da Fama do Rock para ir a um protesto pró-Palestina. Tom Morello, único representante da banda na cerimônia, aproveitou para pedir o cessar-fogo.
Confira quais músicas de rock que estão bombando nas rádios dos EUA. As novidades vêm até dos Beatles. O grupo lançou música nova recentemente (que já colocou os Fab Four no Top 100 dos mais ouvidos do Spotify) e, segundo Peter Jackson, pode vir mais por aí. Até o Frank Ocean virou metaleiro! Inclusive saiu lista com os melhores discos de metal do ano e o Spiritbox leva o som pesado para o hip hop em um remix com Meghan Thee Stallion.
E não basta ser lenda viva, tem que ser gabarito ambulante também. Caetano Veloso interpreta uma questão sobre suas músicas que caiu no Enem do último fim de semana. Falando em clássicos, a lista de vinis de catálogo mais vendidos nos EUA chamou atenção: no top 10 aparece uma banda que tem menos de 40 anos de carreira. Inclusive, um dos álbuns entre os mais vendidos, “Led Zeppelin IV”, teve um mistério recentemente resolvido.
Agora, bora trabalhar pra curtir a vida como Chad Smith, que em sua passagem pelo Brasil com os Red Hot Chili Peppers, anda curtindo noitadas, indo a shows sertanejos e tocando com banda cover do RHCP. O homem não para - e as novidades também não! Caso pegue um cineminha no fim de semana, saiba que o novo filme de Martin Scorsese está recheado de participações de músicos do rock, blues e country. Pra semana que vem, fãs de música brasileira e latina já têm programa: assistir o Grammy Latino na Rede Globo, na quinta-feira (16).
Confira abaixo o que mais está dando o que falar no mundo da música!
Nathália Pandeló
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Estamos seguindo nossa estrada para o festival mais festivo do ano, o Primavera Sound São Paulo, antecipando um dos shows mais aguardados de 2023: The Cure com a sua turnê “Songs From a Lost World”. Depois de 10 anos longe dos palcos brasileiros, Robert Smith e banda mostram por que são um dos nomes mais influentes da história do rock.
O show no dia 3 de dezembro no Autódromo de Interlagos deve incluir músicas de toda a carreira do The Cure, desde os primeiros álbuns até os mais recentes. Entre as músicas mais esperadas pelos fãs estão “Friday I'm in Love”, “Just Like Heaven”, “Boys Don't Cry” e “Lovesong” - mas clássicos não faltam. Não é à toa que essa turnê tem sido celebrada, seja pelos momentos emocionantes de Smith no palco, seja pela sua postura em defesa dos fãs que pedem preços justos nos ingressos. Ícone é ícone.
O Primavera Sound São Paulo terá ainda outros muitos nomes de peso, como The Killers, Pet Shop Boys e Bad Religion. Os ingressos ainda estão disponíveis para compra no site Tickets For Fun.
Cat Power - “Cat Power Sings Dylan: The 1966 Royal Albert Hall Concert”
Chan Marshall emocionou o público ao recriar o icônico show de Bob Dylan no Royal Albert Hall de 1966. Sua performance reverente está agora imortalizada no álbum ao vivo, revitalizando as clássicas canções a uma nova geração, sem abrir mão de dar um toque de Cat Power a cada canção.
Beirut - “Hadsel”
Zach Condon retorna com seu primeiro disco em quatro anos. “Hadsel” é uma coleção de doze músicas tocadas, escritas e produzidas pelo próprio Condon, inspirado por um órgão de igreja no norte da Noruega. A paisagem nórdica solitária é um ponto de partida para a experimentação, onde o tradicional instrumento que deu origem a tudo se une a sintetizadores e beats.
Ego Kill Talent - “Call Us By Her Name”
Depois de revelar as primeiras músicas com Emmily Barreto (Far From Alaska) nos vocais, a banda brasileira entrega um EP com outras duas inéditas: “When It Comes” e “Need No One To Dance”.
Mon Laferte - “Autopoiética”
Este é o nono álbum da cantora chilena. Após lançar “Te juro que volveré”, Laferte volta mesmo. Ela apresentou os ótimos singles “Tenochtitlán” e “40 y MM” - duas canções que a reconectam com seu lado trip-hop. O título referencia o conceito que nossas células se autogeram, a vida cria vida, e isso a inspirou poeticamente a se considerar autopoiética, capaz de se recriar e moldar seu próprio universo.
Chris Stapleton - “Higher”
Quinto álbum de estúdio do músico americano, “Higher” foi produzido por Dave Cobb, Stapleton e sua esposa Morgane. O álbum inclui o single “White Horse” e promete abranger diversos gêneros, levando Chris para além do country ao qual é associado.
Stray Kids - ROCK-STAR
Este é o oitavo EP (e décimo terceiro trabalho no total) do Stray Kids. A novidade vem cinco meses após o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio, “5-Star” (2023). O EP, baseado em um ideograma coreano de quatro caracteres que expressa diferentes emoções, foi produzido pelo grupo. Ele inclui o single “Lalalala”, além da versão coreana de “Social Path” com a cantora e compositora japonesa Lisa.
Red Devil Vortex - “Red Devil Vortex”
Este é o primeiro álbum completo da banda formada por brasileiros que vivem em Los Angeles. Sua música transforma a vida cotidiana na mais selvagem das aventuras em forma de metal. O álbum homônimo foi produzido, mixado e masterizado por Adair Daufembach (Angra, Project 46, Kiko Loureiro, Dirk Verbeuren).
Conversamos recentemente com o The Kills sobre seu ótimo novo disco, “God Games”, e sobre os álbuns favoritos de Alison Mosshart e Jamie Hince. Confira os que eles mais gostaram recentemente:
Jamie: O disco que foi lançado que eu sinto que realmente subiu o sarrafo da música bastante é o novo da Fiona Apple. Acho que algumas coisas lançadas na pandemia foram bem boas, mas isso simplesmente subiu o sarrafo na minha percepção. Eu achei que a ambição, o alto padrão, foram incríveis. Eu acho que realmente foi algo que me fez tentar coisas novas, ter a ambição de chegar a um padrão como esse, alcançar esse sarrafo. Acho que foi absolutamente incrível. Quanto às letras, sem palavras. Ninguém consegue... talvez o Frank Ocean possa competir.
Alison: Estou tentando pensar em discos que comprei recentemente. Um dos meus discos preferidos que comprei há pouco tempo é o último da Lana Del Rey. E tem também o último do Queens of the Stone Age. Os dois estão em rodízio lá em casa nos últimos meses!
O Spotify encontra-se no epicentro de uma significativa mudança em sua política de royalties, o que tem gerado debates intensos sobre sua relação com os artistas, especialmente aqueles independentes que são mais impactados por essa nova abordagem. A iminente implementação do novo modelo de pagamento, que estabelece que faixas com menos de 1.000 streams em 12 meses não receberão royalties, está provocando inquietação na comunidade musical. A empresa, como o maior serviço de streaming pago do mundo, enfrenta a pressão de melhorar a remuneração dos artistas, ao mesmo tempo em que combate faixas falsas e artistas fraudados. Essa transformação no modelo de negócios do Spotify reflete a constante evolução do mercado da música, onde os desafios e as expectativas dos artistas e suas relações com as plataformas de streaming continuam em mutação.
Artistas independentes, que poderiam ver nas plataformas mais um lugar de onde “pinga” o dinheiro, são particularmente afetados pela nova política do Spotify. Embora a manchete de que dois terços das faixas na plataforma não receberão pagamento seja alarmante, é importante entender a complexidade desse cenário. A crítica surge devido ao fato de que 1.000 streams geram apenas cerca de $3 em ganhos, e muitas distribuidoras não pagam valores tão baixos sem uma taxa considerável. A mudança visa a conter o problema dos streams fraudulentos e, ao direcionar mais dinheiro para o pool de royalties, espera-se beneficiar os músicos e compositores. No entanto, a transição coloca um dilema diante das gravadoras e distribuidoras, que precisam escolher entre apoiar os artistas “legítimos” e viabilizar suas carreiras ou, por outro lado, continuar a gerar receita com músicas de menor impacto.
O Spotify, ao tomar essa medida, demonstra estar ciente da pressão contínua para melhorar o pagamento aos artistas e combater fraudes no streaming. Este é um reflexo da natureza mutável do mercado da música, onde as plataformas de streaming e os artistas buscam constantemente novas maneiras de equilibrar a equação financeira, garantindo que a arte seja valorizada adequadamente. A evolução das políticas de royalties e a adaptação a um cenário em constante transformação são indicativos de que a indústria musical continua a se redefinir, à medida que artistas, gravadoras e plataformas de streaming buscam um entendimento mútuo que beneficie a todos os envolvidos. Uma coisa é fato: esses três dólares dificilmente mudariam a vida dos artistas que precisam vender o almoço para comprar a janta. Na verdade, o que pesa aí é a constatação de quem tem, de fato, a faca e o queijo na mão e dá as cartas do jogo.
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