Spotlight 61: Cancelamento do Paramore, novo disco do Green Day e promoção do Beartooth
Confira os lançamentos para sextar!
Olá!
Começando a sexta com um baita “eles não vêm”: o Paramore cancelou show no Lollapalooza Brasil e já foi prontamente substituído por Kings of Leon. E aí, chorou ou curtiu?
Por outro lado, o Green Day está de volta, se apresentando até no metrô - mas a banda está se preparando para uma grande turnê, em que irá tocar “Dookie” e “American Idiot” na íntegra em todos os shows.
Falando em música ao vivo, o Coachella anunciou o line-up, com direito a shows especiais de reunião de No Doubt e Sublime e Ludmilla representando o Brasil. Por outro lado, o The Who parece que não volta: Roger Daltrey disse que a banda não faz mais parte da sua vida.
Cordell Jackson, por sua vez, chegou no rock quando tudo era mato. No site, te contamos a história dessa pioneira que já tocava quando Elvis era um bebê, mas nunca fez sucesso. Por outro lado, mesmo sem inéditas, o Deftones se torna a segunda banda de rock mais ouvida dos EUA - descubra quem é a primeira.
A nova fase de Dua Lipa promete ser um tributo “à cultura rave do Reino Unido”, com a cantora citando influências de Massive Attack e Primal Scream. Se você é purista, então nem vai querer ver Nick Carter, backstreet boy que passou pelo Brasil essa semana, cantando AC/DC…
Enquanto isso, o novo disco de 21 Savage conta com sample de Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Elza Laranjeira. Falando em música BR, a recuperação de Mingau, do Ultraje a Rigor, será um longo processo.
2024 começa com otimismo na indústria da música. Confira os discos de vinil mais procurados do mês e a boa notícia sobre alta na venda de CDs no Reino Unido. Se você faz parte dos sortudos de férias neste início de ano, saiba que a música é oficialmente um antídoto contra a ansiedade gerada pelas turbulências nos voos.
Mais um motivo para ficar de olho nos lançamentos da semana. Confira logo abaixo!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
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Em parceria com a HQ Music, o TMDQA! está sorteando um kit com 1 vinil de “The Surface”, novo álbum do Beartooth; 1 camiseta; e 2 adesivos. Misturando Metalcore, Post-Hardcore e Pop Punk, o quinto disco de estúdio da banda foi um dos melhores lançamentos internacionais de 2023.
Esse kit, exclusivo para os assinantes da newsletter, pode ser seu! Para participar, você só precisa preencher este formulário. O resultado sai no dia 26/01, aqui mesmo na Spotlight. Boa sorte!
O novo álbum do Green Day foi anunciado com o single “The American Dream Is Killing Me”. O disco foi produzido por Rob Cavallo, que já trabalhou com a banda em “Dookie” e “American Idiot” - só os seus discos mais renomados até hoje. Por isso, os músicos estão tratando o novo passo como uma ponte entre esses dois álbuns icônicos. Segundo Billie Joe Armstrong, “Saviors representa o melhor de tudo que o Green Day pode oferecer”.
Sleater-Kinney - “Little Rope”
O álbum é o décimo primeiro de estúdio da banda americana de rock. “Little Rope” foi precedido pelos singles “Hell”, “Say It Like You Mean It” e “Untidy Creature”. A ideia de outro álbum do Sleater-Kinney estava inicialmente “indefinida”, mas depois do lançamento do seu décimo trabalho, o duo se voltou para John Congleton para produzir seu próximo álbum. “Little Rope” foi movido pelo luto de uma das integrantes e lida com questões que envolvem “a crise global e tragédia pessoal”.
Orquestra Frevo do Mundo - “Moraes É Frevo”
Este é um disco em celebração aos frevos compostos por Moraes Moreira, um álbum idealizado por Davi Moraes e Pupillo. O lançamento celebra essa gama de composições de Moraes que ajudou a inventar o carnaval de trio na Bahia ao mesmo tempo que renovou, com novo fôlego e abordagem, o frevo pernambucano. Na tracklist, aparecem nomes como Lenine, Céu, Otto, Agnes Nunes, Criolo, Uana, Maria Rita, Moreno Veloso e Luiz Caldas, entre outros.
Os galeses do pop-punk voltam às raízes com seu quinto álbum, auto-intitulado. Produzido pelos próprios músicos, “Neck Deep” promete o som de uma banda madura e consciente de suas habilidades, sem deixar de lado a diversão e os elementos que os tornaram únicos. “Take Me With You”, “It Won't Be Like This Forever” e “Heartbreak of the Century” já mostram essa evolução. Prepare-se para uma ode ao pop punk clássico com pitadas de extraterrestres e muita energia.
O rapper e ator retorna com seu novo disco, que nada mais é que a trilha sonora da série DAVE, estrelada pelo próprio Dave Burd - o Lil Dicky. O álbum traz 22 músicas, incluindo o hit viral “Mr. McAdams”. É mais que uma coletânea: celebra sua evolução e traz planos para novas músicas originais. A trilha vem na esteira da temporada de premiações - mesmo que DAVE não tenha tido nenhuma indicação aos grandes prêmios.
Mais uma do Slash, só porque essa entrevista está boa demais! Desde a última semana, estamos compartilhando com você, leitor, trechos do papo que o guitarrista teve com o TMDQA!. Confira o que Slash falou sobre tocar com Demi Lovato - na faixa “Sorry Not Sorry”, do disco “REVAMPED” (2023):
Na verdade, não é sobre eu estar tentando me conectar com um público diferente, cruzar barreiras ou qualquer coisa do tipo. Não foi uma questão pré-concebida. Eu conheço a Demi e a música que ela e eu fizemos juntos nem foi com os Conspirators, foi pra uma outra coisa totalmente diferente, que vai ser lançada em 2024. Quando eu estava fazendo essa música em particular, eu só pensei nela. Achei que ela seria ótima para essa música e foi só isso. É realmente uma questão criativa, não tem nada a ver com aumentar o alcance ou, sabe, tentar conectar gerações ou qualquer coisa do tipo. Tipo, é ótimo se isso acontecer, mas não é o motivo pelo qual fizemos isso. E quando fizemos, ela então me perguntou se eu poderia tocar em algo dela, já que ela tinha esse disco REVAMPED saindo. Eu disse sim e foi basicamente isso que aconteceu.
Tem novo EGOT na praça! A conquista de Elton John do Emmy de melhor especial de variedades ao vivo, na cerimônia do último dia 15, o tornou o 19º artista a receber os quatro principais prêmios da indústria de entretenimento americana: Emmy (televisão), Grammy (música), Oscar (cinema) e Tony (teatro). Essa conquista é um marco significativo na carreira de qualquer artista, mas para um músico, ela tem um significado especial.
No mercado da música, ser EGOT é considerado o maior reconhecimento possível para um artista. É a prova de que teve sucesso em todas as áreas da profissão no mainstream, desde a composição e gravação de canções até o teatro musical e a televisão. Isso demonstra uma versatilidade e talento que poucos artistas conseguem alcançar.
Além do reconhecimento artístico, ser EGOT também pode trazer benefícios comerciais para o artista. Os prêmios são uma forma de publicidade que pode aumentar a exposição do artista e, consequentemente, suas vendas de discos, ingressos para shows e outros produtos. É status, afinal.
No caso de Elton John, a conquista do Emmy coroa uma carreira de mais de 50 anos de sucesso. Ele é um dos artistas mais bem sucedidos comercialmente de todos os tempos, com mais de 300 milhões de discos vendidos em todo o mundo. Ou seja, virar EGOT é só a cereja do bolo.
Essa sigla foi criada pelo comediante e apresentador de televisão americano Steve Allen em 1963. Ele a usou para descrever a conquista de Helen Hayes, que na época havia recebido um Oscar, um Tony, um Emmy e um Grammy. Curiosamente, o próprio Allen nunca se tornou EGOT, mas a moda pegou.
O curioso nessa história é que em geral, o EGOT não vem tão tarde na vida. Elton John tem 76 anos. Os mais jovens a atingir esse marco foram bem precoces, é verdade - Robert Lopez com 39, John Legend com 40. Ser EGOT agora não muda tanto o jogo para sir Elton, não pela idade avançada, mas pela aposentadoria, que ele jurou que era verdadeira (aí Pete Townshend conta pra todo mundo que ele já tem um disco gravado com Brandi Carlile).
Agora, tudo indica uma tendência a uma velocidade mais acelerada para chegar lá. Nomes como Jon Batiste, Lin Manuel Miranda, Billie Eilish e Adele são claros concorrentes a fechar o bingo da música. No fim das contas, não passa de uma sigla que simboliza uma indústria que ama se dar tapinhas nas costas - o que não deixa de ser impressionante, ainda assim.
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