Spotlight 63: Taylor Swift x IA, Universal x TikTok e 30 anos de "Dookie"
Confira os lançamentos para sextar!
Olá! Vamos às novidades da semana:
Pronto pra entregar idade? “Dookie”, o seminal álbum do Green Day, completou 30 anos ontem. Confira o unboxing que fizemos da edição comemorativa com o vinil e mais uns mil outros itens de colecionador.
Parece que o AC/DC somará à lista de shows internacionais no Brasil em 2024, e talvez até com baixista novo. Morrissey anunciou que não vem mais para o país - de novo - alegando exaustão. E pra quem tá animado pro Knotfest, saiba como receber informações antecipadas do festival, mas já dá pra dizer que terá dois shows do Slipknot. Por outro lado, a banda You Me At Six anunciou seu fim, após quase 20 anos, com uma turnê de despedida.
Falando em shows imperdíveis, o terceiro lote do festival Psicodália está quase no fim, até porque já começa na próxima sexta, dia 09! Este será o Carnaval dos apaixonados por novos sons que expandem a mente, mas também que celebra grandes nomes que nos trouxeram até aqui. Manu Chao e Mateus Aleluia, Chico César e Juçara Marçal puxam o bloco de Filipe Catto a Black Pantera, com muita música, teatro, circo e mais. Tudo isso no coração da serra catarinense, em meio a rios e lagoas. Corre pra garantir seu ingresso!
Edu Falaschi relembrou seu teste para entrar no Iron Maiden aos 22 anos de idade. Falando em grandes nomes da música, o Alice In Chains decidiu ser literal e lançar uma prensagem do álbum “Jar of Flies” com moscas. De verdade.
Essa é nova: Jesse Rutherford, do The Neighbourhood, agora tem uma banda de hardcore. O que também surpreendeu foi o fato de o Coachella ter a venda de ingressos mais lenta dos últimos 10 anos. E o Evanescence, que entrou para o clube dos bilionários no Spotify, com “Bring Me To Life”.
Ah, ficou sabendo? Um estudo revelou que, ao contrário do que se imagina, homens não se dedicam à guitarra para impressionar meninas, e sim os outros caras. Será por isso que Marty Friedman, ex-Megadeth, deseja uma “morte lenta” aos solos de guitarra?
Em uma verdadeira briga de gigantes, a Universal Music decidiu não renovar o contrato com o TikTok, implicando na remoção de todas as suas músicas da “rede vizinha”. Falando em treta, Roger Waters teria sido demitido da BMG devido às suas declarações sobre as guerras da Ucrânia x Rússia e Palestina x Israel.
Alô, cariocax: o Marcelo D2 continua no projeto ambicioso de seu novo álbum “IBORU” e inaugurou o Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come, no Rio de Janeiro.
Entre as múltiplas atrações anunciadas para o Grammy - estão tirando até a Joni Mitchell de casa! -, o U2 irá reprisar seu muito comentado show na Sphere, direto de Las Vegas. Já pensando na premiação do ano que vem, jogamos pro universo a nossa listinha de desejos de álbuns para 2024.
E, naquele momento utilidade pública, a Spotlight traz pra você a colinha de onde ver os indicados ao Oscar, além dos lançamentos de hoje para sextar. É só continuar lendo abaixo ;)
Nathália Pandeló
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Pitty - “ACNXX Ao vivo em Salvador”
Registro impactante de uma turnê que tomou o Brasil de assalto! Pitty celebrou os 20 anos do icônico disco “Admirável Chip Novo” e agora todo mundo pode ter esse registro ao vivo. E fica ligado: hoje, às 22h, vai ter transmissão do show no Canal Bis e Globoplay; e amanhã, às 14h30, passa uma versão reduzida no Multishow. Pra completar, a capa foi clicada por ninguém menos que Stephanie Hahne, fotógrafa colaboradora do TMQDA! desde o início. Orgulho define!
The Last Dinner Party - “Prelude to Ecstasy”
Este é o aguardado disco de estreia da nova banda queridinha do indie rock britânico. Com produção de James Ford, inclui os singles “Nothing Matters”, “Sinner”, “My Lady of Mercy”, “On Your Side” e “Caesar on a TV Screen”. The Last Dinner Party define o disco como um “pêndulo que balança entre os extremos da emoção humana, do êxtase da paixão até o lado sublime da dor”. Musicalmente, conta até com participação de uma orquestra, enquanto liricamente o disco faz confissões pessoais retiradas dos diários das integrantes.
J Mascis - “What Do We Do Now”
Mascis tem uma carreira já longeva - para além do Dinosaur Jr., este é o seu quinto disco solo. Ele não deixa de inovar, brincando pela primeira vez com baterias eletrônicas e guitarras, ao mesmo tempo mantendo a base acústica que sempre moveu sua carreira. Entre os músicos convidados estão Ken Mauri, dos B-52s, no teclado, e Matthew “Doc” Dunn na steel guitar.
O fenômeno do K-pop retorna com seu aguardado segundo disco. São oito faixas no total, incluindo os singles “Wife” e “Super Lady”. Nos últimos anos, o (G)I-dle se destacou por ousar musicalmente para além do que é tradicional no gênero, trazendo influências que vão do pop punk ao cabaré.
O TMDQA! esteve no Festival de Verão de Salvador e conversou com Teto, trapper representou um dos gêneros em maior ascensão no Brasil. Ele recebeu no palco a presença de Matuê e fez uma homenagem à sua Bahia natal. Antes, porém, falou com o Tenho Mais Discos sobre o fato de o trap estar ocupando um dos palcos mais visados do país:
É um gênero que está em notoriedade e em alta no país agora, né? Então a gente mais do que nunca, sendo do Nordeste, sendo do segmento, eu, pelo menos, tenho uma responsabilidade máxima de levar esse nome com profissionalismo, à altura dos caras que eu cresci ouvindo, que eu vi fazendo shows incríveis. A gente não vai ficar pra trás não mano, o Trap está aí pra provar que a gente pode também, que vale a pena.
Quem acha que o ano só começa depois do Carnaval é porque não está acompanhando a quantidade de novidade, pro bem e pro mal, que tá rolando no mundo da música. Em plena segunda-feira, por exemplo, imagens falsas e sexualmente explícitas de Taylor Swift, geradas por inteligência artificial, começaram a circular nas redes sociais. Os posts, que mostram a cantora nua ou em poses sugestivas, foram compartilhados em plataformas como X (claro). Outros, ainda mais perturbadores, sugeriam atos de violência, em sua maioria sexual (claro), contra a artista mais famosa da atualidade.
Os fãs de Swift, conhecidos por ficar pistolas por muito menos que isso, mostraram sua fúria e tamanho. Primeiro, denunciaram as imagens. Depois, se mobilizaram para subir as hashtags #WeStandWithTaylor e #StopTheSpread e uma quantidade descomunal de fotos reais da cantora, para que o algoritmo entendesse que estas eram, de fato, mais relevantes e parasse de mostrar as imagens falsas. Pra completar, criaram campanhas de conscientização sobre revenge porn, mostrando como isso acontecer com Taylor é um caminho para acontecer com qualquer mulher.
A resposta das plataformas de mídia social foi rápida, não há como negar. O X suspendeu as contas que publicaram as imagens e bloqueou as buscas pelo nome de Swift. A cantora também se pronunciou sobre o caso, chamando as “fotos” de “nojentas e vergonhosas”.
Mas apesar das medidas tomadas pelas plataformas, as imagens ainda circulam na internet. Os fãs de Swift já estão com o dedo caindo a essa altura de tanto reportá-las. Claramente, estão nadando contra a maré. Ser fã de mulheres é vê-las reduzidas a meros corpos e brinquedos para a imaginação alheia, não importa se elas são bilionárias ou as artistas mais poderosas do mundo. Ser mulher é, também, assim. Taylor Swift não sairia ilesa.
Mas há uma lição nisso tudo. A mobilização dos fãs é um exemplo importante da força da internet para combater o assédio e a violência contra as mulheres. A campanha também chama a atenção para a necessidade de regulamentação mais rígida das plataformas de mídia social, para que elas possam combater mais eficazmente a disseminação de conteúdo ilegal e prejudicial. Essa semana, os chefões das redes sociais mais poderosas do mundo foram chamados ao Senado americano para sua sessão periódica de tapinhas na mão: “coisa feia, menino”, “vai limpar essa mão cheia de sangue”, esse tipo de coisa.
Se a regulamentação para a questão chegar, não será apenas por causa de Taylor Swift. Enquanto as pessoas se preocupam como ela irá “viajar no tempo” para assistir o namorado no Super Bowl, questões como o uso de deepfakes e IA já complicam as eleições americanas. Mas sabemos que, se tem um civil com capacidade de mudar as regras do jogo, é essa mulher. E, como ela mesmo canta, haters gonna hate.
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