Spotlight 65: Pearl Jam retoma veia Grunge, "fico" do Paramore e o retorno da pirataria
Confira os lançamentos para sextar!
E aí, como foi de Carnaval? Quem não curtiu ainda, pode ir pra folia nesse fim de semana. Mas a indústria da música não parou! Vamos às novidades dos últimos dias?
O Pearl Jam voltou às suas raízes grunge com o novo single, “Dark Matter”. E o menino punk continua dando sinais de vida, com Green Day, Alkaline Trio e Sleater-Kinney entre os discos de vinil mais vendidos em lojas independentes.
Para alívio dos fãs, o Paramore deu notícias depois de cancelar shows, inclusive no Brasil, e celebrou a independência da banda. Falando em turnês, saiba quais foram os artistas mais pedidos pelo público do Primavera Sound São Paulo 2024 - um deles inclusive está em “hiato por tempo indeterminado”.
Ah, ficou sabendo dessa? Uma ligação que muita gente não tinha notado entre um hit de Kelly Clarkson e uma banda indie surpreendeu essa semana! As guitarras, inclusive, ganharam destaque com a votação popular pelos 10 melhores riffs de todos os tempos.
Se você já superou o Super Bowl, conheça seis músicas que viraram hinos do futebol. Já no mundo dos e-sports, o Ego Kill Talent lançou a música-tema do campeonato mundial de Rainbow Six Siege com Andreas Kisser.
Falando em timaço, Mark Knopfler anunciou a “‘We Are the World’ das guitarras” com David Gilmour, Slash, Bruce Springsteen, Joan Jett, Brian May e muito mais.
Ainda não acabou! Confira mais novidades abaixo e… feliz ano novo?
Nathália Pandeló
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O quinto disco da banda de Bristol abre novos caminhos para além do punk com que foi associada nos primeiros trabalhos. Com um olho no amor e outro na pista de dança, IDLES desafia suas próprias convenções.
Jennifer Lopez - “This Is Me… Now”
Este é o trabalho mais ousado de J. Lo, se dividindo em três frentes. O álbum é apenas uma delas, e inclui ainda um filme, dirigido por Dave Meyers e co-escrito por Lopez e Ben Affleck, mesclando narrativa ficcionalizada e a inspiração na história de amor de Bennifer (só quem viveu 2002 sabe). O elenco do filme tem nomes como Trevor Noah, Kim Petras, Post Malone, Keke Palmer e Sofia Vergara. A terceira parte será um documentário, “The Greatest Love Story Never Told”, inspirado por cartas de Ben Affleck para Jen. Tudo isso custou US$20 milhões, com Lopez tirando tudo do próprio bolso.
Chromeo - “Adult Contemporary”
O duo formado por Dave 1 e P-Thugg volta às raízes nesse trabalho, onde compuseram, gravaram, produziram e mixaram tudo por conta própria, e deixando seu som mais funky. Na pior das hipóteses, trouxeram de volta La Roux em uma das faixas (só quem viveu 2009 sabe, etc).
Laura Jane Grace - “Hole in My Head”
Após o EP “At War With the Silverfish” (2021), LJG está de volta com 11 novas faixas. A líder do Against Me! escolhe o violão na maioria delas, acompanhada frequentemente por ela mesma na bateria, além do baixo de Matt Patton, dos Drive-By Truckers. Liricamente, as temáticas passam por ansiedade e vulnerabilidade, com a candura já conhecida de Grace.
Derulo vem sobrevivendo longos anos sem lançar discos, com singles que viralizam no TikTok. Neste álbum, o cantor decidiu se coroar rei e ainda convidar amigos do naipe de Nicki Minaj, Rema, Michael Bublé, Ty Dolla $ign, Gucci Mane, Dido, Meghan Traion, Alexandra Shipp, NBA Youngboy, Quavo, French Montana, Adam Levine e David Guetta.
A pirataria volta a crescer
Qual foi o último torrent que você baixou? A verdade é que a maioria de nós se acostumou a fazer a pergunta “mas está na Netflix?” ou “tem no Spotify?”. O problema é que não existem só esses serviços e quem curte entretenimento, cinema, séries de TV e música já paga o equivalente a uma assinatura de TV ou até mais para ter os conteúdos na ponta dos dedos. As assinaturas dos streamings estão cada vez mais salgadas, o que vem abrindo caminho para o retorno da pirataria.
Plataformas como Netflix, HBO Max, Disney+ e Apple TV+ subiram consideravelmente seus preços nos últimos anos, assim como Spotify e YouTube, tornando o consumo de conteúdo caro e inconveniente. A oferta fragmentada entre diferentes serviços também contribui para a frustração dos usuários, que se veem obrigados a assinar várias plataformas para ter acesso aos seus programas, podcasts e discos favoritos.
Medidas contra o compartilhamento de contas - como foi o caso da política de senhas da Netflix - e a inclusão de publicidade em planos pagos também alimentam a pirataria. A busca por alternativas gratuitas e fáceis leva muitos usuários a recorrerem a sites de streaming ilegal e torrents, mesmo cientes da ilegalidade da prática.
Embora a pirataria seja combatida pela indústria do entretenimento, dados mostram que ela está em ascensão. A experiência da indústria musical com o Spotify, plataforma única com grande catálogo por preço acessível, demonstra que um modelo de negócios mais atraente pode reduzir a pirataria.
Para combater a pirataria digital no streaming, a indústria precisa se adaptar e oferecer aos usuários valor e conveniência. Novos recursos, modelos de preços mais flexíveis e pacotes que agreguem diferentes serviços podem ser soluções para esse problema.
É importante ressaltar que o impacto real da pirataria na receita da indústria do entretenimento é questionável. Apesar dos lamentos de Hollywood sobre “receita perdida”, a indústria atingiu um recorde de US$ 2,3 trilhões em 2021. Já o Spotify só vem crescendo, como você tem lido aqui na Spotlight.
Ou seja, a solução é bastante simples. A indústria precisa repensar suas estratégias para oferecer uma experiência mais atraente aos usuários, combatendo a pirataria sem prejudicar o acesso legal ao conteúdo. Boa parte dos fãs prefere ter comodidade e não piratear, mas isso passa diretamente pela política de preços dessas empresas multimilionárias. Eles têm a faca e o queijo na mão.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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