Spotlight 67: Eloy Casagrande sai do Sepultura e mais cancelamentos no Lolla
Confira os lançamentos para sextar!
Olá!
O noticiário musical da semana foi dominado pela revelação de que Eloy Casagrande não é mais o baterista do Sepultura, bem às portas da tour de despedida da banda. E o músico já está mirando no futuro (boato de Eloy no Slipknot intensifies), assim como as baquetas do Sepultura já têm novo dono, Greyson Nekrutman, que fez essa performance intensa de um clássico do Jazz em 2022. Mas falando em grandes bateras, publicamos no site o top 10 dos maiores de todos os tempos, segundo votação popular.
Já que o assunto é surpresa, ninguém esperava a volta do mais recente ícone emo: Jimmy Butler - sim, o jogador de basquete do Miami Heat. A brincadeira feita durante a campanha de mídia da NBA agora foi eternizada em um clipe do Fall Out Boy.
Vem mais turnê por aí, agora com o primeiro show de Angus & Julia Stone no Brasil. Falando em ingressos, tá rolando uma promoção da banda Maneva que vai levar um grupo de amigos pra curtir o Lollapalooza Brasil.
Aliás, uma diretora do Lolla explicou como funcionam os cancelamentos dos artistas depois de mais baixas no line-up (saem Jaden, Rina Sawayama e Dove Cameron, entram Jessie Reyez e Greta Van Fleet). E vai ter música em espanhol no Brasil, sim: as argentinas do Fin Del Mundo e Ketekalles, quarteto feminino de Barcelona, vêm a SP.
O aguardado retorno do Pearl Jam já está rendendo: a banda atingiu uma marca inédita no topo das paradas com o novo single, “Dark Matter”. Agora, essa foi bizarra: ficou sabendo da banda que expulsou o vocalista por forçar o baixista a tomar estrogênio para “roubar sua noiva”? É cada uma…
Se você já está pronto para sextar com música nova e outras novidades, é só continuar lendo abaixo!
Nathália Pandeló
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Bruce Dickinson - “The Mandrake Project”
Este é o sétimo álbum de estúdio solo do vocalista do Iron Maiden. Com a colaboração de Roy Z na composição, este é o primeiro álbum solo de Dickinson em dezenove anos, desde “Tyranny of Souls”, de 2005, marcando o maior intervalo entre seus lançamentos. Os singles “Afterglow of Ragnarok” e “Rain on the Graves”, este último inspirado por uma visita de Dickinson ao túmulo do poeta romântico William Wordsworth, foram lançados para promover o álbum, que agora chega completo.
Kaiser Chiefs - “Kaiser Chiefs’ Easy Eighth Album”
A banda inglesa chega ao oitavo disco querendo dançar - e não apenas no single lançado com Nile Rogers. A lenda do CHIC também assina a produção com Amir Amor (do Rudimental) e Lewis Thompson. O Kaiser Chiefs busca remeter às glórias passadas, no auge do seu indie rock divertido e sem amarras - um prato cheio para o vocalista Ricky Wilson brilhar.
Jacob Collier - “Djesse Vol. 4”
Com apenas 29 anos, Collier continua surpreendendo ao mesclar seu mundo do jazz com a música pop como poucos. Nesta que é a quarta parte da série de discos que vem lançando desde 2018, o multi-instrumentista recebe gente como John Mayer, Brandi Carlile, o grupo de k-pop Aespa, John Legend, Chris Martin, Camilo, o rapper Stormzy, Shawn Mendes e o ícone do gospel Kirk Franklin - para citar só alguns.
El Presidente - “Beleza Tem Cura”
Formada por músicos de The Baggios, The Renegades of Punk e Cidade Dormitório, a banda El Presidente lança uma obra que mergulha profundamente na música psicodélica. O resultado é um soft dark psy pop à brasileira com produção assinada por Benke Ferraz (Boogarins).
O rapper californiano está de volta. Após cinco anos desde seu último álbum, ScHoolboy Q anunciou o projeto após lançar o single “Soccer Dad” em abril de 2022, sendo que “Blue Lips” está sendo gravado desde 2019! O trabalho é quase 100% focado em ScHoolboy, já que os únicos convidados são Lance Skiiiwalker e Devin Malik - este último aparecendo em duas faixas e assinando também como co-produtor.
Faye Webster - “Underdressed at the Symphony”
O quinto disco da cantora americana é inspirado em sua experiência em se perder entre os frequentadores de concertos na Orquestra Sinfônica de Atlanta. Apesar da crescente popularidade, Webster continua a cantar sobre o mundo ao seu redor de maneira leve e íntima. Com colaborações inesperadas, como a participação de Lil Yachty na faixa “Lego Ring”, o álbum é uma celebração da experimentação e da aventura, capturando momentos de cura e reflexão em meio a novos começos.
Lollapalooza Brasil e a “evasão de line-up”
Nos cancelamentos que impactaram a edição de 2024 do Lollapalooza Brasil, como evidenciado pelos recentes casos envolvendo Jaden, Rina Sawayama e Dove Cameron, é tentador buscar um único vilão, uma figura responsável por esses contratempos que frustram não apenas os organizadores, mas principalmente os fãs ávidos por verem seus ídolos no palco. No entanto, como tantas vezes na vida, a realidade é mais complexa do que uma narrativa simplista pode sugerir.
A diversidade de razões por trás dos cancelamentos é emblemática dessa complexidade, e é algo que vem afetando os grandes festivais ao longo dos anos. Enquanto alguns artistas mencionam “motivos pessoais”, outros acontecimentos, como a morte trágica do baterista Taylor Hawkins do Foo Fighters, evidenciaram circunstâncias imprevisíveis e incontroláveis. A dinâmica por trás dessas desistências passa por mil fatores, indo desde questões logísticas até motivos de saúde.
A resposta da organização do Lollapalooza, expressa pela diretora mundial Leca Guimarães, reflete essa compreensão da situação. O foco está na resolução rápida do problema, na busca por substituições. É uma corrida contra o tempo, onde encontrar atrações disponíveis muitas vezes implica em custos adicionais e mobilização de redes de contatos, quase “pedindo favor”, como ela colocou.
Claro que os cancelamentos não são exclusivos do Lollapalooza Brasil. Outros eventos enfrentaram situações semelhantes, demonstrando que essa é uma realidade da indústria musical. Porém, é notório como o Lolla é afetado com alta frequência, e agora muita gente atribui as múltiplas desistências à facilidade de quebrar o contrato, já que não há uma multa por cancelamento.
Mas não se trata só disso. Seja para turnês ou festivais, a América do Sul conta com vários “poréns” para os artistas, que colocam na balança as condições das casas de shows ou arenas, os cachês frequentemente mais baixos, o tempo e os custos de deslocamento como pontos que pesam na na conta - às vezes, não importa o fato de que aqui os fãs são os “melhores do mundo”, como costumam dizer os que vêm. Não é raro uma banda trocar um show aqui por uma performance lá fora, sem nem disfarçar.
Portanto, é evidente que a questão dos cancelamentos em festivais como o Lollapalooza Brasil não pode ser atribuída a um único “vilão”. Em vez disso, é necessário entender a complexidade desses eventos e reconhecer que múltiplos fatores estão em jogo. Quem é fã de música ganha quando o mercado de shows brasileiro cresce, por isso essas baixas em um dos line-ups mais visados do país são tão polarizantes. Mas uma coisa é certa: enquanto o Lollapalooza não chega, o brasileiro se diverte fazendo o bolão do próximo cancelamento, porque esse é o nosso jeitinho.
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