Spotlight 73: Nova era de Billie Eilish, Coachella no sofá e KISS faz pé de meia
Lançamentos da semana, notícias da música e entretenimento
Encerrando a semana revisitando algumas das maiores novidades dos últimos dias!
“Malandramente”, Billie Eilish mandou avisar aos close friends (todo mundo) que vem aí seu novo disco. Quem também vem aí demais é o Nine Inch Nails, que planeja não só novo álbum, como também filme, programa de TV e festival.
Com um olho na grana e o outro também, o KISS vendeu seu catálogo, marca registrada e até o visual das suas pinturas faciais pela pechincha de US$300 milhões. Digamos que dá pra aposentar com dignidade…
A preocupação com a Inteligência Artificial nos setores criativos segue em alta. Mais de 200 artistas de diversos lugares do mundo assinaram um manifesto que pede o fim da desvalorização da música. Já no Brasil, entidades culturais apresentaram carta ao Senado e alertaram sobre os avanços rápidos.
Acabou a magia? Chefão do Disney+ disse que vai bloquear compartilhamento de senhas ainda em 2024. E o Spotify vai mexer nos preços e planos - de novo. Falando em facada, veja esses prejuízos históricos das bilheterias hollywoodianas! E tem um monte de bandas e artistas que estão levando a música de volta ao cinema.
Ainda tá achando que K-Pop é modinha? Pois saiba que 19 dos 20 álbuns mais vendidos de 2023 são de artistas sul-coreanos. Inclusive, o gênero ganha destaque em um certo festival que acontece no fim de semana… Saiba aqui como assistir o Coachella online e mais detalhes abaixo!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
O TMDQA! QUER SABER: QUAL É O MELHOR DISCO DO ARCTIC MONKEYS?
Com uma das discografias mais celebradas do Indie, a banda britânica divide opiniões quando o assunto é seu melhor álbum. Pois agora o Tenho Mais Discos Que Amigos! quer saber a sua opinião e você pode (e deve) expressá-la em nosso canal de WhatsApp!
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Confira alguns dos principais lançamentos de 12/04/2024:
girl in red - “I’M DOING IT AGAIN BABY!”
Marie Ulven mandou avisar que está de volta! Seu projeto, girl in red, evoluiu muito desde que surgiu com sucessos como “we fell in love in october” e “i wanna be your girlfriend”. Seu álbum de estreia, “if i could make it go quiet”, experimentou sons pop mais altos, e “I’M DOING IT AGAIN BABY!” eleva a aposta na artista norueguesa - ou pelo menos mostra que ela achou a tecla capslock!
Maggie Rogers - “Don't Forget Me”
Este é o terceiro álbum de estúdio da cantora e compositora de indie pop americana. Rogers co-produziu o álbum com Ian Fitchuk no Electric Lady Studios em Nova York. “Don’t Forget Me” apresenta dez músicas, oito das quais Maggie Rogers escreveu com Fitchuk, enquanto as outras duas são composições totalmente próprias. A faixa-título é um hino de amor, mas também uma carta de intenções de Rogers. Impossível esquecê-la com seus refrães potentes!
Pabllo Vittar - “Batidão Tropical Vol. 2”
Este é o sexto álbum de estúdio de Pabllo Vittar. Como o “Vol.2” entrega, o disco marca a continuação do seu projeto voltado para regravações e músicas inéditas de forró eletrônico, “Batidão Tropical”. Essa fase é uma celebração do tecnobrega e dos ritmos do nordeste e norte.
Mark Knopfler - “One Deep River”
O décimo álbum solo do músico britânico inclui os singles “Ahead of the Game”, “Watch Me Gone” e “Two Pairs of Hands”. Além disso, o lançamento acompanhará um EP que celebra o Record Store Day, intitulado “The Boy”. O EP irá conter quatro músicas exclusivas com um tema comum de parques de diversões e boxe.
Depois do single “Preparada”, Duda Beat confirmou que vinha disco novo aí, e hoje a loira entrega tudo e mais um pouco em mais um trabalho ousado. O álbum chega com uma capa cheia de referências visuais, o que vem guiando a narrativa desse novo trabalho.
Depois de mostrar as faixas “Melhor Assim” , “Dores no Varal” e “Amor Delírio”, a compositora e multi instrumentista PAPISA apresenta seu segundo disco de estúdio. O trabalho é sucessor de “Fenda” (2019) e do EP “Papisa” (2016), com produção assinada por Felipe Puperi (Tagua Tagua).
E na próxima semana:
Cloud Nothings - Final Summer
ELIO - something in the air
Local Natives - But I’ll Wait For You
Melvins - Tarantula Heart
Pearl Jam - Dark Matter
T Bone Burnett - The Other Side
Taylor Swift - The Tortured Poets Department
Atração brasileira no Coachella, DJ Maz falou ao TMDQA! sobre show histórico e nova parceria com Antdot em remix de “Corpo e Canção”. Além do megafestival nos EUA, o DJ e produtor também se apresentará no Tomorrowland, da Bélgica. Nada mal! Comentando sobre o tamanho da responsabilidade de ser o único brasileiro, junto com Ludmilla, a nos representar por lá esse ano, ele disse:
Apesar de injusto, é muito gratificante saber que tem só você e mais uma brasileira no line-up, além de ser uma responsabilidade absurda também representar nosso país, um lugar com tanta gente talentosa, tanta gente fazendo coisas legais aí. Então, só nós dois lá dentro é um sentimento de gratidão e felicidade, mas de muita responsabilidade também para conseguir honrar nosso país da melhor forma possível.
Ludchella
Há quem diga que o Coachella não é mais aquilo tudo. Claro, ainda é um festival altamente lucrativo e uma das maiores vitrines da música ao vivo. Mas seus line-ups já não geram o mesmo hype e os ingressos não esgotam mais.
Talvez o que tenha passado mesmo seja a aura de exclusividade que um evento em pleno deserto californiano inspirava. Agora, digamos que o deserto tá meio populoso. A própria programação está mais pop do que nunca, o que leva os puristas a torcerem o nariz.
A verdade é que o Coachella cresceu, se expandiu e foi deixando de ser propriedade de uma ou outra tribo. Prova disso é que uma das atrações é o LE SSERAFIM, grupo fenômeno do K-Pop. E quem vai estar lá representando o Brasil é Ludmilla - então vai ter funk e pagode sim!
O tamanho disso não pode ser diminuído, nem por quem não gosta do som da Lud. Estamos falando de uma artista que, embora já tenha suas passagens pela gringa, não investe tanto na carreira internacional, não está tentando criar uma marca ou um som global. Ludmilla está no line-up do Coachella pela mesma música que ela faz para o mercado interno - que é gigantesco e a abraçou pelo impacto pop que tem.
Quem está buscando uma marca globalizada é, vejam só, o Coachella. O festival quer apelar para diversos públicos e acaba não falando de verdade com nenhum deles. Porém, há que se reconhecer que a escalação do evento está praticamente irreconhecível, se comparada com 10 anos atrás. Você tem o Pop Punk do Taking Back Sunday no mesmo evento que novos nomes da música latina - Young Miko, Peso Pluma. Deftones tá lado a lado com o K-Pop do Ateez, a viagem instrumental do Khruangbin junto com o rap de Tyler, the Creator e Doja Cat.
Muita gente rejeita line-ups assim porque não há um senso de tribo. Muita gente rejeita festivais desse porte porque parecem shoppings a céu aberto. Nada disso é mentira. Mas também não é mentira que, chegada a segunda-feira após o primeiro final de semana de Coachella, os melhores shows ainda estarão pautando as conversas em torno de música. Doa a quem doer.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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