Spotlight 74: Volta do Pearl Jam, nova era de Taylor Swift e streaming mais caro
Lançamentos da semana, notícias da música e entretenimento
E aí, seus poetas de alma torturada! Todo mundo pronto pra mais um fim de semana de Coachella no sofá de casa?
Vale lembrar alguns dos pontos altos do primeiro: show da Ludmilla, Will Smith cantando o tema de “Homens de Preto” no show de J. Balvin, Kesha detonando um tal rapper no meio de “TikTok”, Damon Albarn chateado com a apatia do público, No Doubt convidando Olivia Rodrigo…
Se você é usuário do Spotify, lá no site te contamos 5 funções que você provavelmente nem sabia que existiam no app. Muita coisa passa despercebida, mas as plataformas de streaming vêm sendo criticadas de todos os lados. Bruce Dickinson, por exemplo, disse que ninguém ganha dinheiro nesse modelo. Outra questão polêmica tem sido a Inteligência Artificial, mas a verdade é que ela já faz parte da indústria musical há tempos. Falando no lado dos negócios, os músicos (inclusive brasileiros) vão ter que arcar com taxas muito mais caras para visto se quiserem tocar nos EUA.
É de conteúdo educativo que vocês gostam? Lá no site, lembramos como Chico Science e o Manguebeat influenciaram o Rock mundial. Agora, se vocês preferem puro entretenimento, vem descobrir essas bandas de Metal europeias que poderiam ser uma dupla sertaneja - que o digam Paulo Sérgio e Vhäldemar.
Agora, pensa num palco pesado? Dave Grohl convidou Paul McCartney e os Eagles para uma versão emocionante de “Let It Be”! Aliás, falando nessa música, o Disney+ restaurou nada menos que “Let It Be”, o filme dos Beatles - sim, aquele do show no telhado.
Boas histórias são atemporais, e prova disso é essa do dia em que o INXS recusou 1 milhão de dólares para poder lançar seu melhor disco. Se isso parece inacreditável, veja como as pessoas estão boladas com alguns versos de uma certa música dos Red Hot Chili Peppers que “previu o futuro”.
Só faltava essa: na onda de músicas removidas por uso de bots para subir em playlists, as plataformas estão tirando do ar lançamentos de artistas que não têm nada a ver com isso. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Tipo a Taylor Swift, que foi direto no TikTok colocar suas músicas de volta na plataforma - mesmo sendo artista da Universal Music.
Tá doendo no bolso? É porque os preços das plataformas de streaming não param de subir - e existem vários motivos para isso.
Como sempre, essa é só a ponta do iceberg de novidades da semana. Confira mais abaixo!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
Falta menos de um mês para o C6 Fest, que terá a sua segunda edição no Parque Ibirapuera, em São Paulo, com um belíssimo line-up.
A proposta do C6 Fest é misturar o que há de melhor no R&B, Rock Alternativo, Música Clássica e ritmos de diferentes pontos do planeta. De certa forma, é um “revival” de eventos como o Free Jazz Festival, que inclusive serviu de inspiração para o novo evento.
Em 2024, o line-up tem destaques como o primeiro show do Soft Cell no Brasil, a incrível Cat Power cantando Bob Dylan, os reizinhos do indie do Pavement trazendo seus clássicos ao Brasil e jovens como Noah Cyrus e Daniel Caesar mostrando por que são tão badalados lá fora.
Você ainda pode garantir seu ingresso clicando aqui!
Há longos anos o Indie é um estilo que revela grandes nomes para a música mundial.
Misturando elementos do Rock Alternativo e flertando com o Pop, o gênero tem a capacidade de agradar públicos que amam tanto o underground quanto o mainstream, e há uma safra muito interessante de novos e jovens nomes vindo aí com ótimas propostas.
Você pode ouvir diversos deles na playlist de Indie Internacional da UMUSICPLAY clicando aqui.
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Confira alguns dos principais lançamentos de 19/04/2024:
Taylor Swift - “The Tortured Poets Department”
Este é nada menos que o disco mais pré-salvo da história do Spotify, tá? Concebido após o sucesso de “Midnights”, o novo álbum de Taylor Swift é descrito pela cantora como uma obra catártica, composta durante a The Eras Tour. Ou seria melhor dizer os novos álbuns? Taylor surpreendeu todo mundo ao soltar um segundo álbum, complementar a este, apenas duas horas depois! O disco conta com colaborações com Post Malone e Florence + The Machine.
O aguardado 12º álbum de estúdio da banda de rock americana foi gravado em apenas três semanas em 2023 no estúdio Shangri-La em Malibu, Califórnia. “Dark Matter” promete um som mais pesado do que seus antecessores, com a ajuda do produtor Andrew Watt. A auto-resenha de Eddie Vedder é que esse é melhor álbum da história do Pearl Jam - apenas.
O 27º álbum de estúdio do Melvins apresenta o seu trabalho “mais excêntrico até agora” - o que não é dizer pouco. Uma das novidades é o uso de bateria dupla. De acordo com o vocalista Buzz Osborne, a gravação foi feita de forma diferente de qualquer outro álbum do Melvins.
Local Natives - “But I'll Wait For You”
Conhecidos por seu som característico da banda do sul da Califórnia, os Local Natives ganharam destaque em 2009 com “Gorilla Manor”, marcando-os com sua mistura vibrante de ritmos complexos e harmonias expansivas. Seu terceiro álbum, “Sunlit Youth”, explorou uma estética mais sombria e introspectiva, enquanto “Violet Street” trouxe uma abordagem moderna à produção, mantendo as harmonias distintas da banda. "But I'll Wait For You", o sexto álbum da banda, é uma continuação harmoniosa de seu projeto anterior.
E na próxima semana:
Iron & Wine - Light Verse
Justice - Hyperdrama
Pet Shop Boys - Nonetheless
St. Vincent - All Born Screaming
Uma vida inteira de músicas em apenas uma lista, reunindo os discos que mais marcaram. Esse foi o desafio que Dinho Ouro Preto recebeu em entrevista com o Tenho Mais Discos Que Amigos! - e ele aceitou. O resultado você confere em primeira mão aqui na newsletter!
O “Led Zeppelin IV” foi algo que… foi algo na minha vida! Outro foi o “Queen II”, o “It’s Alive”, do Ramones. Eu tô tentando ver, distribuir ao longo dos anos, sabe? Acho que o “Boys Don’t Cry” (The Cure). “Definitely, Maybe” (Oasis), “Superunknown” (Soundgarden)... Acho que o “Day and Age”, talvez, dos Killers. Não, não. Mais do que esse, “Sam’s Town”! E recente… Hoje eu estava correndo e ouvindo Arctic Monkeys. Às vezes eu esqueço o nome dos álbuns, mas é o “Whatever People Say, That’s What I’m Not”. Ah, e também o Red Hot. Olha, qualquer um, o “Blood Sugar Sex Magik”… Mas acho que esses dois últimos, o “Return of the Dream Canteen” e o “Unlimited Love”, eu gosto pra caralho. Eu ouvi obsessivamente os dois. Cara, eu gosto muito do Noel Gallagher e os High Flying Birds. Puta cara, eu acho ele sensacional. Tem um [EP] dele que é “Blue Moon Rising”, que é de 2020, que é mó legal. Mas ele acabou de lançar um ano passado que é mó legal, se chama “Council Skies”. É bom pra caralho.
“Courtney Love falou mal de tal pessoa” é uma daquelas matérias que ficam na gaveta de toda redação. É o tipo de coisa que acontece rotineiramente e sempre dá audiência, então é claro que todo mundo vai repercutir - inclusive o TMDQA!.
Não há problema nisso, mas não é exagero notar o quanto essas matérias chamam atenção por colocar celebridades em lados opostos de um ringue imaginário. Também não é acaso que em geral, essas pessoas são mulheres. A treta entre J. Cole e Kendrick Lamar sequer chamou um décimo da atenção.
Por que isso acontece? Porque mulheres rivais dão mais audiência. Afinal, ninguém se interessa pela manchete “Courtney Love fala bem de Patti Smith, Julie London, Joni Mitchell, PJ Harvey e Debbie Harry”. Mas “Love ataca Taylor Swift” é bem mais chama-clique.
O que foi dito, de verdade, é que, para Love, Taylor Swift “não é interessante como artista”. Ao contrário do que possa parecer, essa opinião é compartilhada pela maioria do globo terrestre. Boa parte das pessoas segue a vida sem morrer de amores por Taylor Swift - e tá tudo bem.
O potencial de enfurecer uma fanbase tão ativa quanto a de Taylor é enorme, então é claro que a maioria dos veículos não destaca a parte em que Courtney Love compara Swift a Madonna (como o TMDQA fez no título). Tudo bem que ela também não gosta de Madonna - não podemos esquecer o famoso incidente da Courtney jogando o sapato na Rainha do Pop no meio de uma entrevista -, mas o lance é chocar. Como ela ousa falar isso de uma artista tão querida como Swift?
Todo o caso é um bom exemplo dos problemas do jornalismo declaratório, em que se retira frases de contexto e as publicam como se verdade absoluta fossem. Na verdade, Courtney Love foi convidada a dar sua opinião e deu, como sempre fez. Há quem diga que ela busca os holofotes - e bem, está dando certo (veja bem o nome dessa seção!). Se esse é o caso, temos sempre a opção de não dá-los a ela.
Certamente, muita gente virá em defesa de Taylor e Lana Del Rey (outra “vítima”). Com certeza, essa não é a última vez que alguém coloca um microfone na frente de Courtney Love na esperança que ela solte a “metralhadora”. E sem a menor dúvida, irão tentar diminuir seus méritos como pessoa e artista com base no que ela disse, na sua idade, na sua aparência.
E, pasmem, o mundo sobreviverá para ver outro dia. Até a próxima “polêmica” que Courtney Love levantar.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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