Spotlight 76: Madonna no Rio, números do Spotify e Brasil no centro do Metal mundial
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Olá!
E aí, prontos para dar um Vogue? Quem vai no show da Madonna em Copacabana precisa saber dos horários, esquema de segurança, trânsito, transporte público e mais.
Agora é oficial: o Slipknot confirmou que Eloy Casagrande é o novo baterista da banda. Nesse momento, há muita gente celebrando o legado do Sepultura e, por outro lado, dizendo que o Slipknot é quem sai ganhando com essa contratação de peso. Quem te viu, quem te vê: a gente lembrou no site aquele Rock in Rio 2011 em que Eloy foi vaiado pelos fãs de Metal.
O orgulho nacional anda em alta - mas, em alguns lugares, nem tanto: o Rock in Rio foi duramente criticado por anunciar um Dia Brasil sem um nome do Norte sequer no line-up. Artistas como Fafá de Belém, Gaby Amarantos, Joelma e outros se manifestaram. Em seguida, a produção do festival enviou à imprensa uma nota em que dizia que a programação ainda está se desenvolvendo e há cantores nortistas em fase de negociação. Ufa.
Hybrid Theory, a banda cover de Linkin Park que lota ginásios, anunciou shows no Brasil. Caso você prefira ver os músicos originais, porém com um novo vocal, fique sabendo que a imprensa dos EUA diz que o Linkin Park está cogitando reunião. Não é para pouco: 21 anos após seu lançamento, “Numb” é o clipe de Rock e Metal mais popular do YouTube.
Depois do top 500 dos anos 90, chegou o ranking dos álbuns dos anos 80, e o top 10 tem de Eletrônica a New Age, Hip-Hop e Rock. Um site britânico elegeu as 100 melhores músicas dos Anos 2010. Chega mais pra conferir esse Top 10! Se é de listas que você gosta, aproveite pra se surpreender com essas canções icônicas gravadas em apenas um take e as melhores músicas nacionais sobre drogas.
Continue lendo abaixo para se inteirar de outras novidades do mercado da música!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
HORÁRIOS LIBERADOS e últimos ingressos!
A gente já te contou que o C6 Fest acontece entre os dias 17 e 19 de Maio em São Paulo com um line-up que celebra clássicos do Rock Alternativo, jovens estrelas do R&B e muito mais.
Agora, a organização do evento que rola no Parque Ibirapuera disponibilizou a grade de horários do festival, e você pode vê-la clicando aqui.
Em tempo, os ingressos para os shows do Auditório (17 e 19) estão ESGOTADOS, mas ainda restam entradas para dias individuais e também para as apresentações na Arena Heineken e na Tenda Metlife, onde você poderá ver nomes como Raye, Romy, Pavement, Soft Cell, Noah Cyrus, Black Pumas e mais.
Garanta o seu clicando aqui.
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Confira alguns dos principais lançamentos de 03/05/2024:
O terceiro álbum de estúdio de Dua Lipa marca seu primeiro lançamento em quatro anos desde “Future Nostalgia” (2020). Após revelar em 2023 que seu próximo álbum teria um som diferente, afastando-se do estilo disco do anterior para abraçar mais a psicodelia da década de 1970, Dua Lipa mirou no conceito de “otimismo radical”. A cantora busca capturar a essência da juventude, liberdade e diversão em suas músicas, explorando também influências da cultura rave britânica e do Britpop dos anos 90.
A cantora e compositora faz de “empathogen” o aguardado sucessor de “˂COPINGMECHANISM˃”. Este, que já é seu sexto disco (!), mostra uma nova sonoridade e intensidade para WILLOW. Como os singles já entregavam, ela mescla influências do alternativo e do jazz, além de contar com participações de dois artistas desses gêneros: Jon Batiste e St. Vincent. Nada mal!
A banda celebra sua trajetória, já rica, com um disco que reimagina algumas de suas canções mais icônicas. O mais impressionante é que a Maglore pensou todo o projeto e gravou em meio à lotada turnê do álbum “V”, recentemente encerrada - apenas para dar lugar aos shows acústicos, com os quais o quarteto já pega a estrada em breve. São 12 versões de faixas que passam por toda a sua discografia. O trabalho celebra 15 anos da banda e ainda conta com faixa inédita.
Kamasi Washington - “Fearless Movement”
Este é o quinto disco de estúdio do saxofonista de jazz americano. Washington descreve o trabalho como seu “álbum de dança”, não no sentido literal, mas como uma expressão do movimento e da espiritualidade através da música. Inspirado por sua recente paternidade, Kamasi explora temas terrenos neste lançamento, que marca uma mudança criativa em sua carreira. O álbum inclui contribuições de artistas como André 3000, Thundercat, George Clinton, BJ the Chicago Kid, D Smoke e Terrace Martin.
Hey, rockers (cristãos)! O P.O.D. está de volta com seu 11º disco e, não por acaso, conta com 11 faixas, incluindo colaborações com Randy Blythe do Lamb of God e Tatiana Shmayluk da Jinjer em faixas como “Drop” e “Afraid”, respectivamente. Desde sua formação em 1992 em San Diego, Califórnia, o P.O.D. ganhou destaque com álbuns como “The Fundamental Elements of Southtown” (2000) e “Satellite” (2001), vendendo mais de 12 milhões de cópias globalmente.
Este é o 10º disco da cantora australiana. O álbum foi antecedido pelos singles “Gimme Love”, “Dance Alone”, “Incredible”, “I Forgive You” e “Fame Won't Love You”, e apresenta colaborações com vários artistas - entre elas, Chaka Khan, Missy Elliott e Kylie Minogue. Sia anunciou (ainda em 2020!) que “Reasonable Woman” seria um dos dois novos álbuns que ela tinha prontos para lançar. Vamos ver o que mais ela tem para entregar.
Jorja Smith - “falling or flying (Reimagined)”
A cantora britânica Jorja Smith lança “falling or flying (reimagined)”, uma nova versão de seu aclamado álbum, testando novas sonoridades. Gravado com sua banda de longa data e com uma aura jazzística, a nova interpretação traz uma sensação de muito mais intimidade e visceralidade. Indicado ao BRIT 2024, o álbum “falling or flying” possui muitas sonoridades em si, passando do R&B elegante ao alternativo - mas acima de tudo, é um registro de uma artista crescendo e aprendendo a se amar e respeitar.
Gustavo Benjão, um dos grandes nomes da cena musical carioca com seu nome associado a projetos como Abayomy Afrobeat Orquestra e Do Amor, faz de sua música um caminho para experimentações sonoras e um forte olhar para a realidade. Se no seu último trabalho solo, “Axé” (2022), ele misturava a celebração e a dança com dilemas sociais, estruturas familiares e lutas cotidiana, agora ele dá um passo além. “AFRUZZ” é uma jornada instrumental sobre os timbres e efeitos das guitarras africanas, só que com um forte storytelling. A ideia é que o disco seja como a trilha de um filme.
E na próxima semana:
A. G. Cook - “Britpop”
Angus & Julia Stone - “Cape Forestier”
Kings of Leon - “Can We Please Have Fun”
Sebastian Bach - “Child Within the Man”
Sublime with Rome - “Sublime with Rome”
Os fãs brasileiros do Mercyful Fate acabaram de matar a saudade da banda dinamarquesa ao assistir ao poderoso show do grupo de perto pela primeira vez em 25 anos, já que eles estiveram por aqui no Summer Breeze. Em conversa exclusiva com o TMDQA!, King Diamond relembrou das últimas passagens da banda pelo país, todas na década de 90:
Toda vez que fomos ao Brasil foi incrível. É um daqueles lugares em que você definitivamente faz memórias para a vida toda, sabe? [..] No Rio, eu estava uma hora em cima de uma montanha e até hoje eu falo para minha esposa e meus filhos: você não tem ideia do que você vê dali. É uma das coisas que, tipo, não é uma piada porque de fato aconteceu, mas é quase uma piada – eu sempre falo com eles, ‘Eu estive ali de verdade! Aquela estátua grande!’. São muitas coisas legais.
Quando ficamos em São Paulo, ficamos em um hotel do outro lado da pista de fórmula 1 e uma das noites em que estivemos lá, teve um show do U2 na pista. [Nota: o show mencionado aqui aconteceu na verdade no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em 1998] Alguns dos caras tentaram subir no telhado pra assistir e tudo mais. [risos] Mas, enfim, muitas coisas legais. E o Bjarne Holm, nosso baterista, é casado com uma brasileira! Então são muitas boas relações.
O Spotify revelou novos números sobre o consumo de música em nível global, e entregou dados específicos sobre o mercado brasileiro. A plataforma faz de seus relatórios, como o Loud&Clear, boas oportunidades de mídia positiva, já que os gráficos dos streamings não param de crescer. Isso significa que a indústria anda boa das pernas? Bem, aí já são outros 500…
Contra fatos não há argumentos: o crescimento dos brasileiros no app foi de 27% - basicamente, o dobro do aumento do mercado da música como um todo, segundo revelou recentemente o estudo anual da IFPI. Artistas brasileiros foram ouvidos pela primeira vez mais de 10 bilhões de vezes. O número de artistas recebendo cheques acima de US$10 mil não para de crescer - inclusive, os acima de US$100 mil e US$1 milhão também.
Porém, o dado mais divergente tem sido a constatação de que 70% dos dividendos pagos pela empresa sueca no Brasil foram para artistas independentes. É importante deixar claro: o Spotify não está mascarando ou exagerando números. O que vem causando estranhamento é o fato de que o mercado convencionou tratar como independente tudo que não está sob o guarda-chuvas das gravadoras majors: Universal, Sony e Warner Music.
Isso significa que João Gomes e Ana Castela são indie. Os artistas da Som Livre também. O mesmo vale para a galera do trap, que bate cartão na lista da Billboard semana sim e outra também. O império Kondzilla, do funk, e gravadoras gospel, com orçamentos gigantescos e décadas de mercado, contam como independentes. Sempre foi assim e provavelmente sempre será, porque, mesmo se tratando de empresas multimilionárias, não dá pra dizer que elas não assumem todo o risco financeiro, de forma independente.
Não haver erros na forma como o Spotify divulgou seus números não significa que nós, jornalistas e consumidores de música, não devamos olhar nas entrelinhas. Isso é imprescindível para entendermos o funcionamento do mercado que ajudamos a financiar.
A realidade não mudou: há um punhado de artistas no topo - alguns independentes, outros não - que recebem boa parte desses US$9 bilhões que o Spotify distribuiu no último ano. Na base da pirâmide, ainda há muita gente tentando chegar aos mil plays anuais para receber aquele cheque de US$3 da gigante do streaming. Não podemos nos iludir.
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