Spotlight 77: A volta dos que não foram: Kings of Leon, Bruno Mars e Roxette
Lançamentos da semana, notícias da música e entretenimento
Olá!
A semana chega ao fim com uma notícia triste: Steve Albini, ícone do Grunge que trabalhou com Nirvana e Pixies, nos deixou aos 61 anos. Além disso, o Brasil acompanha em choque as imagens das enchentes no Rio Grande do Sul e se mobiliza. Na música, se destacou o caso da Fresno, que se uniu ao Podpah e já arrecadou R$2 milhões em uma live - mas o Pix continua ativo: ajuda@fresnorock.com.br. Até o Guns N’ Roses fez um post impactante pedindo ajuda para o estado.
Depois de Madonna, o prefeito do Rio de Janeiro já deu a entender que vai tentar trazer o U2 pra fazer um show 0800 em Copacabana. Mas Eduardo Paes já virou notícia essa semana de novo, lembrando aos promotores do show de Bruno Mars que não tem nada de “Uptown Funk” às vésperas da eleição.
Rush de volta? Alex Lifeson e Geddy Lee estão ensaiando músicas da banda. E, falando em retornos, o Roxette anunciou sua volta aos palcos com uma nova vocalista (leia mais abaixo); e o reencontro do Slayer é só para shows de reunião - nada de turnê ou música nova.
Se você gosta de treta, veio ao lugar errado. A paz reina entre Universal Music e TikTok depois do arranca-rabo em fevereiro. Mas se curte uma lista, é aqui mesmo: tem as 5 quase-mortes de Ozzy Osbourne, por exemplo. Também te contamos 5 motivos pelos quais a internet está obcecada com “Rivais”, novo filme estrelado por Zendaya - um deles é a trilha sonora.
Os fãs de boas histórias vão curtir essa aqui: como o Slipknot mudou o Metal ao transformar seu disco mais pesado em um dos seus mais populares. A banda superou o "pior ambiente" da carreira em 2001, quando ajudou a elevar o Nu Metal a outro patamar de popularidade com pedradas como "People = Shit" e "My Plague". Relembre os bastidores desse disco icônico!
Já comparou os preços de ingressos de shows dos EUA com a Europa? E com o Brasil? Lá no site, te mostramos por que existe tanta variação nos valores.
Continue lendo abaixo para se inteirar de tudo que tem rolado no mundo da música!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
O C6 Fest acontecerá em São Paulo, no Parque Ibirapuera, entre os dias 17 e 19 de Maio.
O festival tá chegando e o TMDQA! separou uma listinha com 5 canções incríveis que ouviremos por lá nos shows, desde verdadeiros clássicos como Soft Cell e Pavement até nomes da nova geração como o genial Black Pumas.
Você pode ver e ouvir tudo isso clicando aqui.
Garanta o seu clicando aqui.
Pronto pra sextar?
O indie rock é o gênero musical perfeito pra encerrar a semana, por conta da sua energia contagiante e diversidade de subgêneros, proporcionando uma trilha sonora versátil que se adequa ao seu nível de sexta-feira: assim 🫠 ou assim 🤪.
Em uma mescla irresistível com o Rock Alternativo e o Pop, o Indie está aí há décadas mostrando porque é a trilha sonora da vida de várias gerações. Entre bandas seminais e novos representantes do gênero, você pode ouvir tudo na playlist de Indie Internacional da UMUSICPLAY clicando aqui.
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Confira alguns dos principais lançamentos de 10/05/2024:
Kings of Leon - “Can We Please Have Fun”
O nono álbum de estúdio da banda de rock americana marca seu primeiro lançamento sem o selo original, a RCA Records. Produzido por Kid Harpoon, o novo trabalho do Kings of Leon foi gravado nos estúdios Dark Horse Recording em Franklin, Tennessee. O lançamento inclui os singles "Mustang", "Split Screen” e "Nothing To Do".
O fundador da PC Music lança o disco pela sua nova gravadora, New Alias. O álbum é uma jornada de 24 músicas em três partes, explorando os estilos pop do músico e produtor, desde eletrônico até sons futuristas, com destaque para a colaboração com Charli XCX na faixa-título. "Britpop" sucede os álbuns solo anteriores de A. G. Cook, "Apple" e "7G", ambos lançados em 2020, e marca uma nova fase após o encerramento das atividades de lançamento de novas músicas pela PC Music em 2023.
Angus & Julia Stone - “Cape Forestier”
O duo australiano de irmãos faz de “Cape Forestier” seu sexto álbum de estúdio, marcando seu retorno desde "Snow" (2017). O disco foi pensado como uma narrativa envolvente das mentes dos artistas, com "The Wedding Song" como primeiro single, celebrando o amor e conexão humana. Os fãs brasileiros poderão ver isso de perto, com um show em São Paulo como parte da turnê The Living Room Sessions.
Sebastian Bach - “Child Within the Man”
O ex-vocalista do Skid Row segue a carreira solo com mais um álbum, na esteira de sua recente passagem pelo Brasil como atração do Summer Breeze Festival. “Child Within the Man” é composto por 11 faixas e promete trazer um estilo de rock 'n' roll enérgico e atemporal.
Vivian Kuczynski - “Copas & Estopim”
Vivian Kuczynski retorna explorando suas paixões através da MPB em seu segundo trabalho de estúdio, que inclui a faixa de abertura "Amor Diamante" e marca seu retorno como cantora e compositora após 5 anos desde o lançamento de seu álbum de estreia "Ictus" (2019), representando uma nova fase em sua carreira musical.
Bruna Alimonda - “Estado Febril”
A cantora, compositora e atriz pernambucana Bruna Alimonda traz o amor e seus devaneios no seu primeiro álbum solo “Estado Febril”. Capitaneado pelo single “Me beija na Rua”, o álbum é uma fusão de influências musicais que abrangem ritmos latino-americanos e a tradicional MPB, que é a raiz musical de Bruna, junto de referências ao brega romântico recifense.
Jovem Dionísio - “Ontem Eu Tinha Certeza (Hoje Eu Tenho Mais)”
A banda retorna com o seu aguardado novo álbum, o primeiro após o sucesso estrondoso de “Acorda Pedrinho”. Com participações de Arnaldo Antunes e Menos é Mais e composições de Paulo Leminski, o projeto conta com 12 faixas que navegam entre diferentes ritmos do Pop e Hip Hop, explorando referências musicais de cada integrante e consolidando o lugar conquistado pelo grupo como um dos principais nomes da nova cena musical brasileira.
Com produção e idealização da cantora, compositora e produtora musical Angélica Duarte, o trabalho reúne talentos emergentes como Bibi Bog, NATASHA, AnarkoTrans e Jessica Assis. A iniciativa, nascida de um chamamento online para artistas mulheres, cis ou trans, e pessoas não-binárias, resultou em uma coleção de canções originais que abordam uma variedade de temas, desde o amor entre mulheres até críticas sociais.
E na próxima semana:
Beth Gibbons - “Lives Outgrown”
Billie Eilish - “HIT ME HARD AND SOFT”
Cage The Elephant - “Neon Pill”
New Kids on the Block - “Still Kids”
of Montreal - “Lady on the Cusp”
Rapsody - “Please Don't Cry”
The Avett Brothers - “The Avett Brothers”
Slash - “Orgy Of The Damned”
Vários artistas - “Everyone's Getting Involved: A Tribute to Talking Heads' Stop Making Sense”
ZAYN - “Room Under the Stairs”
O duo Milky Chance já é íntimo de seus fãs brasileiros. Em uma conversa com o TMDQA!, Clemens Rehbein comemorou o fato de tocar em um evento como o Coolritiba, com novos nomes da música brasileira e, se declarando para a música em português, explicou que pretende usar o tempo da melhor forma possível:
Eu amo música brasileira! Sou ruim com nomes, mas eu ouço muito; eu amo a língua, eu amo como ela soa. Gosto muito de Bossa Nova. Não sei como explicar: quando alguém canta em português, português do Brasil especificamente, isso toca meu coração imediatamente. É tão bonito, especialmente quando é cantado – pra mim, soa muito melhor do que espanhol ou inglês. Estou bem empolgado para ver alguns artistas brasileiros, vou tentar ver o máximo que conseguir!
Ressuscitar a voz: Dilemas e reflexões sobre o relançamento de bandas com vocalistas falecidos
O mundo da música já presenciou o retorno de bandas que perderam vocalistas emblemáticos. Mas dois retornos - um confirmado e um especulado - podem trazer à tona novamente essa questão. Roxette e Linkin Park são dois exemplos que ilustram os desafios e as reflexões que surgem quando uma banda decide seguir em frente sem a voz que a consagrou.
No caso do Roxette, a morte de Marie Fredriksson em 2019 deixou um vazio imenso. A dupla, que conquistou milhões de fãs com hits como "It Must Have Been Love" e "Listen to Your Heart", parecia ter chegado ao fim. No entanto, em 2021, Per Gessle, o outro membro fundador, anunciou que o Roxette lançaria um novo álbum com vocais gravados por Marie antes de sua morte. A decisão foi recebida com entusiasmo e nostalgia pelos fãs, mas também com críticas. Alguns questionaram a legitimidade de um álbum sem a presença física de Marie, enquanto outros se mostraram gratos por poderem revisitar a música do Roxette com a voz inconfundível da cantora.
Para completar, agora Per Gessle anunciou uma “reformação” da banda. Sem negar o fato de que Marie é insubstituível - e é mesmo -, ele diz que quer celebrar as canções que escreveu ao longo das últimas décadas. É um direito que tem, claro. Mas a nova vocalista, Lena Philipsson, já chega no job com sapatos gigantescos para preencher. Qualquer comparação, ainda que injusta, será feita.
O Linkin Park, por sua vez, enfrenta um dilema ainda mais complexo após a morte de Chester Bennington em 2017. A banda era conhecida por sua sonoridade pesada e pelas letras carregadas de emoção, elementos que eram em grande parte impulsionados pela voz poderosa de Chester. Sem ele, muitos se questionavam se o Linkin Park seria capaz de manter sua identidade.
Desde então, o LP vem celebrando o legado que construiu até aqui. Mas muitas matérias na imprensa indicam que a banda pode estar conversando sobre fazer shows com uma nova vocalista, cujo nome foi sequer confirmado. Especulações à parte, muita gente já se questiona se seria o caminho ideal.
Acho que ninguém discorda que o ideal mesmo seria Marie e Chester estarem aqui. Mas, infelizmente, não estão mais. Considerando que essas bandas são empresas e que devem ser geridas como tal, seria até injusto exigir que os músicos abrissem mão de seu único ganha-pão pelo resto da vida.
Seria, também, uma forma de silenciar o legado de duas vozes distintas, mas igualmente potentes em seus campos. Portanto, essa é uma questão que não tem resposta certa. Alguns fãs certamente irão torcer o nariz - também estão no seu direito. O que não pode acontecer é o apagamento de obras que foram muito importantes para gerações inteiras. Essas canções continuam vivas para serem ouvidas - seja comparecendo aos shows com um novo vocal ou dando play na versão original.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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