Spotlight 89: Nando Reis com lendas do Grunge, polêmicas na Olimpíadas de Paris e Podcast com Terno Rei
Lançamentos da semana, notícias da música e entretenimento
Olá!
Mais alguém aí em clima olímpico? Continua dando pano pra manga o suposto satanismo (!) da abertura, seja na apresentação do Gojira, seja na recriação de um certo quadro famoso. Claro que tem muita música rolando em torno do Time Brasil, com referências que vão de Forfun a Djavan, passando por Anitta e Beyoncé.
Falando em “é do Brasil-sil-sil”, tá ligado que ícones do Pearl Jam, Nirvana, Guns N' Roses e R.E.M. estão no novo disco de Nando Reis? Inclusive… Provando que Drake pode ser o “Norvana” para unir todas as tribos, A$AP Rocky deve ser o próximo rapper a fazer diss track contra o canadense.
Embora não pareça, existe vida para além de Paris! No Rio, por exemplo. Em um momento “quer que desenhe?”, o prefeito Eduardo Paes misturou Mario Bros. e samba para mostrar o quanto a cidade ganha com grandes shows.
E vida após a morte, existe? Rod Stewart não parece estar preocupado e planeja se divertir até a despedida. No caso de artistas, sempre há a chance de a carreira continuar com um álbum póstumo. Selecionamos alguns dos melhores lá no site. E, se a esperança é a última que morre, a de Nick Mason certamente continua viva para um possível cenário em que "David e Roger se tornassem amigos novamente". Eu conto ou vocês contam?
Pra quem é cria dos anos 90 como nós, fica aqui essa seleção completamente nostálgica de músicas que definiram a década. E se é pra relembrar, que tal ao som de duas trilhas sonoras icônicas? Estamos falando de Purple Rain e Grease, claro.
Mas se você só quer saber do presente, é só continuar lendo abaixo para descobrir os lançamentos do dia!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
🎙️ TMDQA! TALKS
O nosso podcast está de cara nova e, pra começar essa temporada pra lá de especial, convidamos Terno Rei, uma das bandas mais legais da nova geração nacional. Vem conferir o vídeo no nosso canal do YouTube! ▶️
Recebeu a newsletter de um amigo ou viu no Substack? Assine grátis para não perder nenhum post!
Confira alguns dos principais lançamentos de 02/08/2024:
Achou que ia ficar sem? O álbum exclusivíssimo lançado por Jack White apenas para clientes sortudos da Third Man Records chega aos serviços de streaming. O músico agora presenteia todos seus fãs com 13 faixas totalmente inéditas, gravadas, mixadas e produzidas por White em seu estúdio. Leia mais abaixo!
O cantor e compositor americano está de volta com seu terceiro álbum após um hiato de quase 5 anos sem discos. “Sincere” sucede os bem recebidos “American Teen” (2017) e “Free Spirit” (2019) e já conta com os singles “Please Don’t Fall In Love With Me” e “Adore U”.
The Smashing Pumpkins - “Aghori Mhori Mei”
Com shows marcados no Brasil (em Brasília e São Paulo) e já sucedendo “ATUM”, do ano passado, o 13º álbum do The Smashing Pumpkins está entre nós. São 10 faixas sem nenhum single revelado. O negócio é tão conceitual que tem até tutorial de pronúncia. Vai vendo…
Já em clima de Dia dos Pais por aí? Então saca só esse projeto de pai e filho. Victor Chicri e Vic Delnur, brasileiros radicados nos EUA, trabalham juntos pela primeira vez em “Viver o Mar”. Com uma mistura de disco-funk, brazilian boogie, samba-jazz e bossa nova, o álbum une a experiência de Chicri, um renomado maestro e pianista, com a versatilidade de Delnur, multi-instrumentista e produtor musical.
Este é o terceiro álbum do cantor e compositor sul-africano e segue “Bronco” (2022). “Stampede” inclui 15 faixas gravadas como duetos vocais com diversos artistas, incluindo Willie Nelson, Elton John e Kylie Minogue.
Na próxima semana:
Big Sean - Better Me Than You
J Balvin - Rayo
King Gizzard & the Lizard Wizard - Flight b741
Latto - Sugar Honey Iced Tea
Milton Nascimento and Esperanza Spalding - Milton + Esperanza
Osees - SORCS 80
Ryuichi Sakamoto - Opus
Na nossa série de entrevistas Mestres da Produção, convidamos alguns dos mais empolgantes produtores musicais do país para um papo sobre o ramo! Falamos com Vivian Kuczynski, que além de tudo ainda é uma artista de mão cheia. No assunto da Inteligência Artificial, procuramos saber dela: ferramentas que automatizam a produção musical são um risco para a profissão?
Eu acho que a inteligência artificial pode vir pra ajudar a gente como uma ferramenta boa mesmo. Até eu já uso, por exemplo, em vários momentos, que eu precisar. Por exemplo, vai ter um cover de uma música num show que eu produzi. Ao invés de eu ficar lá tentando achar, sei lá, o tom, criar a linha de bateria, criar a linha de guitarra, recriar tudo, eu já vou num site, faço stems, pego canal por canal, automaticamente de cada música. Então tem esse tipo de ferramenta que eu acho maravilhosa. Ferramentas de limpar sons completamente de ruídos com plugins. Enfim, isso eu acho que é algo que tá avançando cada vez mais e só vem pra ajudar a gente.
Mas, artisticamente falando e utilizar a inteligência artificial de uma forma criativa mesmo, pra substituir tarefas que nós, músicos e produtores e pessoas que trabalham com música e com criatividade, compositores, fariam, eu acho que é um absurdo, na verdade, porque aí sinto que não tem graça, entendeu? Qual é a graça de você ver algo que um robô fez? Eu não quero consumir uma arte que um computador tenha feito, sabe? Eu quero consumir uma arte que uma pessoa fez. Se eu vou num museu, eu quero ver um quadro, uma escultura que uma pessoa fez. Se eu vou num show, eu quero ver os músicos tocando. Então, tem isso, a música tem isso, é pra ser honesta, é pra ser sincera. É uma arte, um computador nunca vai... Pode até fazer, pode ficar foda, enfim, mas qual é a graça, né? Qual é o sentido? Eu não me sinto nem um pouco com vontade de explorar esse universo, porque simplesmente não cabe, assim. Não cabe. Eu nunca fui muito a fundo no AI, acho que eu não vou também. Mas é pra isso que eu falei antes, de usar como uma ferramenta mesmo, pra esses momentos mais técnicos. Eu acho que é super interessante, assim. Mas criativamente falando, acho que não.
Disco de Jack White tenta repensar o padrão de lançamentos
Jack White decidiu fazer um lançamento nada linear para seu novo álbum, “No Name”. Conhecido por ditar suas próprias regras, o cara surpreendeu os fãs ao distribuir cópias gratuitas de vinil sem identificação nas lojas da Third Man Records, gerando uma sensação de exclusividade e mistério.
Essa abordagem inusitada de White se alinha à sua trajetória marcada pela inovação e rebeldia. Desde o fim do White Stripes, ele vem explorando caminhos alternativos na indústria musical, com e a fundação de sua própria gravadora, Third Man Records. Sua insistência no vinil como formato físico reforça seu compromisso com a autenticidade e a qualidade do som, desafiando as normas do mercado dominado pelo streaming digital — o mesmo que ele ajudou a capitanear, como um dos membros fundadores do Tidal.
A revelação surpresa de “No Name” no dia 19 de julho, através da promoção clandestina nas lojas da Third Man, criou uma experiência de comunidade entre os fãs. Eles compartilharam a emoção de descobrir algo inesperado e exclusivo, o que aumentou ainda mais a expectativa pelo lançamento oficial. Já tinha criança chorando de FOMO (fear of missing out), achando que não ia ouvir esse novo disco do homem. A estratégia de White destaca como a escassez e a exclusividade podem gerar um desejo maior pelo produto, utilizando o mistério e a surpresa como ferramentas eficazes de marketing.
Gravado, produzido e mixado por Jack White em seu Third Man Studio, “No Name” representa o espírito DIY (faça você mesmo) que tem caracterizado sua carreira. A prensagem em vinil foi realizada pela Third Man Pressing, e o álbum é lançado pela Third Man Records, solidificando o controle de White sobre todo o processo criativo e de produção. É prata da casa que chama, sabe? Jack White não precisa fazer muito para chamar atenção, mas dá ainda mais certo quando ele ousa pisar fora dos limites da indústria. Embora seja um grande expoente dela e jogue muito bem seu jogo, a postura desafiadora dá a impressão de que o cara está nadando contra a maré - e, em muitos aspectos, está mesmo.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
Lançamentos | Alternativo | Radar | Acústico | Beats | Classics | Brasil