Spotlight 91: Volta dos Sex Pistols, Billy Corgan falando português e o "vem aí" do Linkin Park
Lançamentos da semana, notícias da música e entretenimento
Olá!
Bora conferir o que rolou na semana na música?
Pelo visto, aquela diss track de Kendrick Lamar para Drake conseguiu mais que irritar o canadense: o rapper de Los Angeles superou até um recorde de 2Pac. Mas na NBA, não tem pra ninguém: Drake, também conhecido como o segundo maior superfã do Toronto Raptors, ganhou o apoio de ninguém menos que Lebron James e Stephen Curry.
E o Jack White que mandou avisar que show em lugares pequenos também é turnê, e ainda que só vai tocar quando der na telha e anunciar os shows em cima da hora mesmo? Com o tempo livre, ele pretende comer maçãs. Se isso não é vencer na vida, não sabemos o que é.
Por outro lado, quem parece reenergizado é Mike Shinoda, que disse que tem "planos empolgantes" e anima fãs do Linkin Park. E até os Sex Pistols retornaram com um novo vocalista, por uma boa causa.
Em uma coincidência bizarra, os músicos do Biquini contaram que viajaram no avião que caiu em Vinhedo apenas no dia anterior, e o vocalista Bruno Gouveia se solidarizou com as vítimas.
Billy Corgan está aprendendo Português para shows do The Smashing Pumpkins no Brasil? Que nada, é tudo IA para divulgar o novo disco (leia mais abaixo)! Essa é uma turnê confirmadíssima, mas e quando elas são canceladas? Lá no site, te contamos como funciona o processo de cancelamento de shows, como aconteceu recentemente com Aerosmith e Fugees.
Mais uma opinião de Ed Motta que você não pediu, mas ele deu mesmo assim: na esteira da apresentação das Olimpíadas, ele veio a público chamar o Red Hot Chili Peppers de “horrível” e Flea de “fraco”. Então tá bom. Segundo os fãs, fraco mesmo é o ortopedista do Anthony Kiedis… Indo no caminho oposto, Flea decidiu exaltar quem ele considera a maior voz feminina do Rock.
Em um interessante processo de resgate de seu catálogo, Bryan Adams decidiu gravar três músicas que compôs para uma certa banda que recrutou seus serviços de compositor há mais de 40 anos: uma tal de KISS.
Aproveitamos a deixa para encerrar com um beijo e um queijo, pra você ir logo para os lançamentos da semana!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
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Confira alguns dos principais lançamentos de 16/08/2024:
Foster the People - “Paradise State of Mind”
“Paradise State of Mind” é o quarto álbum de estúdio da banda indie pop americana. Inspirado pela música dos anos 1970 e eventos culturais como a pandemia de COVID-19, o álbum traz elementos de disco, funk, gospel e jazz, destacando uma produção mais analógica em comparação com trabalhos anteriores. Este é o primeiro álbum sem o baterista Mark Pontius e o último com o guitarrista Sean Cimino, que deixou a banda três meses antes do lançamento - o que faz com que o Foster The People seja apenas composto por Mark Foster e Isom Innis a partir de agora.
Post Malone chega ao seu sexto álbum de estúdio. “F-1 Trillion” é uma mistura de rap e country, contando com participações de grandes nomes da música country americana. O primeiro single, “I Had Some Help”, com Morgan Wallen, já alcançou o topo da Billboard Hot 100.
A banda irlandesa renasce neste novo álbum, uma homenagem ao membro fundador Mark Sheehan, falecido recentemente. O trabalho marca uma reinvenção sonora, incorporando elementos de R&B e experimentações com 808s, refletindo um novo capítulo para o grupo.
Ray LaMontagne - “Long Way Home”
A voz aveludada de Ray LaMontagne está de volta. O novo disco, inspirado em um show de Townes Van Zandt, explora a juventude do cantor folk. Com produção independente, “Long Way Home” traz letras sombrias e instrumentos acústicos, característicos do estilo de LaMontagne.
Tinashe lança seu sétimo álbum de estúdio. O disco é a segunda parte de uma trilogia iniciada com “BB/Ang3l”, lançado em 2023. O novo trabalho inclui singles como “Nasty” e “Getting No Sleep”.
Na próxima semana:
Fontaines D.C. - “Romance”
Lainey Wilson - “Whirlwind”
Sabrina Carpenter - “Short n’ Sweet”
Sofi Tukker - “Bread”
Bryce Dessner - “Solos”
Após realizar a estreia do show Frevália no Rio de Janeiro e São Paulo, o cantor e compositor pernambucano Romero Ferro tem se dedicado a levar o Frevo a todos os espaços possíveis, ultrapassando as fronteiras do Carnaval de Pernambuco para alcançar novos públicos. Ferro falou ao TMDQA! sobre a visão limitada que muitos têm sobre o ritmo:
Eu ouvi por muito tempo que o Frevo era um ritmo regional, e me falavam isso de forma pejorativa, como se regional fosse algo ruim, ou menor. Quando na verdade, o regionalismo faz parte da diversidade cultural que o Brasil tem. Todo ritmo musical vem de alguma região, e essas diferenças precisam ser exaltadas, e não colocadas em um comparativo vazio de valor. O Frevo é pop, e não sou eu quem tá falando isso, basta olhar para sua história, o seu legado. A maior resposta para mim, é perceber que quando o Frevo toca, ninguém fica parado!
The SmAIshing Pumpkins
A recente iniciativa de Billy Corgan, líder do The Smashing Pumpkins, ao utilizar inteligência artificial (IA) para promover o novo álbum da banda, “Aghori Mhori Mei”, marca um ponto de inflexão nos paradigmas da indústria musical. Através de vídeos dublados em oito idiomas diferentes, Corgan conseguiu superar as barreiras linguísticas e alcançar um público global de forma direta e personalizada. Esta estratégia destaca o poder da IA em expandir o alcance das mensagens artísticas, mas também levanta questões sobre o futuro da autenticidade na comunicação entre artistas e fãs.
A ideia de Billy de utilizar IA para recriar seu discurso em várias línguas toca em um ponto sensível: a substituição do humano pela máquina. Além da tradução, a tecnologia também sincronizou o movimento dos lábios do músico, criando uma ilusão quase perfeita de que ele domina fluentemente todos esses idiomas (inclusive o Português). Enquanto essa inovação pode ser vista como um avanço impressionante, ela também suscita preocupações sobre a perda de autenticidade e a possível alienação do artista em relação ao público.
Muita gente se divertiu com o vídeo, chamando de “tosco” ou “mal feito”, mas ele foi um ponto de partida para conversas sobre os impactos da inteligência artificial. Além disso, a ironia presente na declaração de Corgan – “antes que a IA destrua tudo” – reflete uma ambivalência que muitos compartilham em relação ao crescimento do uso dessas ferramentas na cultura. A inteligência artificial está cada vez mais inserida na criação e promoção de conteúdos, desde composições musicais até interações em redes sociais. No entanto, essa dependência crescente pode diluir a essência artística e tornar as expressões culturais mais homogêneas, limitando a diversidade e a espontaneidade que caracterizam a arte.
O caso desse exemplo dos Smashing Pumpkins aponta a tensão entre inovação e preservação no mundo artístico. Embora a tecnologia ofereça novas possibilidades, ela também impõe desafios que exigem reflexão. A adoção da IA nesse contexto é um exemplo claro de como os artistas estão navegando esses novos paradigmas, mas também serve como um alerta sobre o custo potencial de abraçar a tecnologia sem questionar suas implicações a longo prazo.
Nada é tão tosco que não possa ser aprimorado. E nenhum buraco é tão raso quanto parece. Fiquemos atentos.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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