Spotlight 95: Linkin Park no olho do furacão, a confissão de Dave Grohl e Taylor se posiciona
Lançamentos da semana, notícias da música e entretenimento
Olá!
A semana foi marcada pela despedida de um dos gigantes da nossa música: Sérgio Mendes. O músico recebeu homenagens do mundo todo. Mostrando que a música brasileira é mesmo riquíssima, Gaby Amarantos deve sua obra considerada patrimônio cultural e imaterial do Pará.
Desde o anúncio da semana passada, o Linkin Park ganhou todas as manchetes - inclusive com muita gente resgatando o apoio da nova vocalista, Emily Armstrong, ao ator Danny Masterson (à época, acusado e agora condenado por estupro). Emily se pronunciou sem citar nomes, mas não abordou o elefante na sala (cof cof Cientologia cof cof). Independente disso, Talinda Bennington, viúva de Chester Bennington aprovou a escolha da cantora. E de quarta pra quinta, já rolou o primeiro show após a estreia oficial.
Falando em polêmica, a saga dos preços exorbitantes de ingressos ganha um novo capítulo com Oasis e Chappell Roan. Quem também parece que está em turnê é uma guitarra de Jeff Beck que anda trocando de mãos em esquema de rodízio. Firmando bases sólidas no Rio de Janeiro, um investimento multimilionário de Roberto Medina irá criar um gigantesco complexo de entretenimento.
Lá no site, aproveitamos para lembrar algumas datas emblemáticas, sobre aquele lançamento desastroso do U2 no iTunes há 10 anos, e os 11 anos sem Champignon e também 11 de “AM”, um dos melhores discos do Arctic Monkeys. Teve também a recordação das bandas censuradas no 11 de setembro.
Para os fãs de Radiohead, uma boa notícia: embora as coisas com o The Smile pareçam mais movimentadas, a banda mais antiga de Thom Yorke deve voltar às atividades em breve. Quem também está de volta é Sade, e por uma boa causa. Quem deve dar uma sumida é Dave Grohl, que usou seu Instagram para pedir a privacidade das crianças envolvidas na recente notícia de que ele se tornou pai novamente, dessa vez fora do casamento.
Aproveite para descobrir o que são as ‘daylists’, novo recurso do Spotify disponível no Brasil. Se você está em clima de maratonas, nossos leitores ajudaram a definir as melhores séries de comédia de todos os tempos.
Calma, que ainda tem muito mais novidades pra você conferir logo abaixo!
Nathália Pandeló
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Confira alguns dos principais lançamentos de 13/09/2024:
London Grammar - “The Greatest Love”
“The Greatest Love” é o quarto álbum de estúdio da banda London Grammar. O trabalho celebra a liberdade criativa e marca um novo capítulo na carreira do grupo, conhecido por mesclar letras emotivas e vocais etéreos com elementos de pop e eletrônica. Após mais de uma década de sucesso, a banda, formada por Hannah Reid, Dan Rothman e Dot Major, destaca o valor do processo criativo e reflete sobre temas como misoginia na indústria e a importância de priorizar a arte acima da fama.
“Moon Mirror” é o novo álbum da banda Nada Surf, trazendo tudo que os fãs esperam: hinos melancólicos que começam suaves e explodem em harmonias marcantes, além de músicas poéticas e emocionantes. Contando com o tecladista Louie Lino, “Moon Mirror” reflete a experiência humana com temas como amor, perda, solidão e esperança, apresentando a sabedoria adquirida ao longo de seus 30 anos de carreira.
Nilüfer Yanya - “My Method Actor”
“My Method Actor” é o terceiro álbum de estúdio da cantora inglesa Nilüfer Yanya. Produzido em parceria com Wilma Archer, o álbum é descrito por Yanya como sua obra mais intensa até o momento. A temática central do disco aborda transições de fases da vida, e ele foi antecipado pelos singles “Like I Say (I Runaway)”, “Method Actor”, “Call It Love” e “Mutations”.
Snow Patrol - “The Forest Is the Path”
O novo álbum do Snow Patrol, “The Forest Is the Path”, reflete sobre o amor à distância e a passagem do tempo. Segundo o vocalista Gary Lightbody, o conceito central surgiu da forma como relacionamentos passados permanecem na memória, comparando essa lembrança com a vista do Empire State Building à distância. O single “The Beginning” deu o pontapé inicial ao lançamento, que agora chega completo.
Suki Waterhouse - “Memoir of a Sparklemuffin”
Suki Waterhouse lança seu primeiro disco após se tornar mãe. A capa surrealista apresenta Suki em um jardim repleto de brilho. Com 18 faixas, o disco mistura influências de folk, indie e pop, e foi gravado durante os últimos meses de sua gravidez em um estúdio caseiro. Entre os singles já lançados estão “OMG”, “My Fun” e “Blackout Drunk”, que destacam a diversidade sonora e emocional do álbum.
Feito a muitas mãos, o disco é um trabalho de diferentes camadas, demarcadas pela vastidão de produtores e participações especiais, tendo como certo fio condutor uma singela homenagem ao Rio Grande do Sul. São, no total, sete produtores, de Marcelo Callado a Marcelo Granja, comandando Duda Fortuna neste trabalho.
Na próxima semana:
Bright Eyes - “Five Dice, All Threes”
James Bay - “Changes All the Time”
Jamie xx - “In Waves”
Joan as Policewoman - “Lemons, Limes & Orchids”
Katy Perry - “143”
Keith Urban - “High”
Manu Chao - “Viva Tu”
Nelly Furtado - “7”
Nightwish - “Yesterwynde”
Thurston Moore - “Flow Critical Lucidity”
Em um papo exclusivo com o TMDQA!, a cantora Bia Ferreira comentou sobre sua recente passagem por diversos palcos icônicos dos EUA, em uma turnê bastante movimentada pela América do Norte e Europa. Sobre tocar em lugares como o Lincoln Center e o Kennedy Center, ela disse:
Os norte-americanos estão acostumados com outro tipo de música, com outro tipo de abordagem, mas são muito dispostos ao novo, a conhecer o diferente. E eu acho que eu chego nesse lugar, o que eu faço é um negócio diferente e a galera acaba gostando. É um público diferente do público europeu, mas tirando essas diferenças, eu consigo identificar que todas as vezes que eu faço show, eu encontro pessoas dispostas a receber o que eu tenho pra oferecer. E isso é o que tem em comum nesses públicos, o que me faz sentir à vontade. Então, eu estou muito feliz com a ampliação desse público norte-americano e que aconteça mais assim.
Taylor Swift apoia Kamala Harris; Kanye West apoia Donald Trump - e daí?
O apoio de celebridades a campanhas políticas nos Estados Unidos tem sido uma constante, e os exemplos mais recentes envolvem dois grandes nomes da música: Taylor Swift e Kanye West. Enquanto Swift declarou apoio à candidatura de Kamala Harris à presidência, West se manteve fiel ao ex-presidente Donald Trump. Mas até que ponto o endosso de astros da música pode realmente influenciar o resultado de uma eleição?
Embora o impacto direto no resultado final seja debatível, é inegável que o apoio de figuras públicas serve como uma ferramenta poderosa de capital social. Swift, por exemplo, possui uma base de fãs imensa e leal, e o apoio público a um candidato pode gerar uma mobilização de eleitores que talvez não estivessem tão engajados no processo político. Seu posicionamento era cobrado e esperado. A declaração a favor de Kamala Harris veio após o debate dessa semana e anos de relutância em expressar abertamente suas opiniões políticas, algo que mudou em 2018 (a favor de Biden). Desde então, suas campanhas de incentivo ao voto entre os jovens têm gerado resultados, como o aumento no número de registros eleitorais. Isso reflete como essas estrelas podem atuar como pontes para alcançar públicos que, de outra forma, não se envolveriam.
Em termos de capital cultural, Kamala Harris disparou à frente. West vem se tornando cada vez mais persona non grata e ainda assim talvez seja o nome de mais peso do lado republicano (outros incluem Azelia Banks e Kid Rock). Do lado azul do espectro político, Swift é acompanhada por nomes como John Legend, Charli XCX, Beyoncé e Katy Perry. Mesmo que o número de eleitores que efetivamente sigam as recomendações de suas estrelas favoritas seja limitado, o papel que essas figuras desempenham é essencial para manter temas importantes em evidência, principalmente entre jovens e comunidades marginalizadas em um país em que o voto não é obrigatório e ainda é colocado em questionamento por maus perdedores.
De todo modo, endossos de celebridades não garantem vitórias eleitorais. Esses apoios têm um valor mais simbólico. Eles funcionam como um ponto de referência cultural para suas bases, estimulando discussões e ajudando a moldar narrativas em torno de questões importantes. O poder dos artistas vai além da música; eles representam ideologias, comportamentos e visões de mundo que seus fãs podem adotar.
Em um cenário político tão polarizado como o dos EUA, ter o apoio de figuras públicas pode não alterar o resultado final da eleição, mas contribui para o fortalecimento de uma base engajada, uma peça-chave para qualquer campanha eleitoral. Se o impacto direto é incerto, o efeito no engajamento da sociedade é inegável, mostrando como política e cultura pop estão intrinsecamente conectadas.
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