Spotlight 98: Fim iminente do Coldplay, Linkin Park esgota shows em SP e Pink Floyd com os bolsos cheios
Lançamentos da semana, notícias da música e entretenimento
Olá!
Vamos falar de tudo que rolou no mundo da música nos últimos dias!
Os ingressos do Linkin Park em São Paulo venderam igual água em questão de minutos, o que levou a banda a anunciar show extra - que também esgotou. Agora, a pergunta que não quer calar: será que vai ter piquenique no palco de novo? Prova de que o LP não está pra brincadeira é o fato de que o grupo tem as 5 músicas de Rock mais ouvidas em parada dos EUA atualmente.
Também tem boa notícia para os fãs do Air, que poderão ver o duo no próximo C6 Fest. E o Sting volta ao Brasil ano que vem para cantar The Police e canções próprias em formato de trio - corre enquanto ainda tem ingresso. Já o Green Day virou “banda non grata” em Las Vegas, ficou sabendo? Corey Taylor saiu em defesa de Dave Grohl, dizendo que o vocalista do Foo Fighters não é perfeito.
Serj Tankian (System of a Down) mandou a real sobre o que transforma alguém em “artista de verdade”. Será que essas características aparecem nas melhores bandas de Metal de todos os tempos?
O Radiohead pode até estar em modo “ser ou não ser”, mas Thom Yorke decidiu botar a mão na massa, e o vocalista está refazendo um álbum inteiro de sua banda para uma adaptação de “Hamlet”.
Numa vibe “não basta ser pai, tem que participar”, Eddie Vedder decidiu cantar Taylor Swift ao lado da filha. Quem deve estar feliz da vida são os membros do Pink Floyd, que fecharam um acordo cheio de cifras com a Sony.
A semana se encerra cheia de lançamentos. Basta conferir abaixo!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
O indie rock é o gênero musical perfeito pra encerrar a semana, por conta da sua energia contagiante e diversidade de subgêneros, proporcionando uma trilha sonora versátil que se adequa ao seu nível de sexta-feira!
Em uma mescla irresistível com o Rock Alternativo e o Pop, o Indie está aí há décadas mostrando porque é a trilha sonora da vida de várias gerações. Entre bandas seminais e novos representantes do gênero, você pode ouvir tudo na playlist de Indie Internacional da UMUSICPLAY clicando aqui.
Trends Brasil Conference acontece no Rio em outubro!
A Trends Brasil Conference, um dos principais eventos do mercado musical brasileiro, acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 29 e 31 de outubro de 2024, no centro de convenções EXPO MAG. Em sua nona edição, a conferência traz uma programação renovada, incluindo o espaço Trends Connect para maior interação entre os participantes, com mesas redondas, rodadas de negócios e encontros com supervisores musicais. O evento também abordará temas como inteligência artificial, direito autoral e superfãs, reunindo especialistas do setor e profissionais da indústria musical em uma plataforma de networking e aprendizado. Nosso editor, Tony Aiex, será um dos palestrantes. Fique sabendo tudo sobre o evento na nossa matéria!
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Confira alguns dos principais lançamentos de 04/10/2024:
Este é o décimo álbum de estúdio da banda britânica e faz parte do projeto “Music of the Spheres”. O disco conta com colaborações de artistas como Jon Hopkins, Burna Boy, Little Simz e Tini, e sua promoção inclui eventos globais imersivos e festas de audição em várias cidades. A produção envolveu um orçamento recorde e o uso de tecnologia EcoCD para suas edições físicas.
O Fever 333 se destaca como uma das bandas mais impactantes do rock moderno, combinando gêneros e entregando performances ao vivo viscerais. O novo capítulo do grupo, com o álbum “Darker White”, celebra a resiliência das comunidades marginalizadas e encontra beleza na adversidade. A formação inclui Jason Aalon Butler, Thomas Pridgen, April Kae e Brandon Davis, reforçando sua forte presença na cena do rock.
Finneas - “For Cryin’ Out Loud!”
“For Cryin' Out Loud!” é o segundo álbum de estúdio do cantor e compositor americano. O disco representa uma mudança em seu processo criativo, com Finneas optando por colaborações em estúdios ao vivo, abandonando a abordagem de produção caseira de seu trabalho anterior. O disco segue seu álbum de estreia, “Optimist”, e foi antecipado pelos singles “For Cryin' Out Loud!” e “Cleats”.
“Cutouts”, o terceiro álbum do The Smile, projeto paralelo de Thom Yorke e Jonny Greenwood, mantém o equilíbrio entre diferentes estilos musicais, explorando atmosferas densas e desafiadoras. As faixas iniciais, como “Foreign Spies” e “Instant Psalm”, priorizam a ambientação sobre a estrutura tradicional de canções, criando um clima introspectivo. O álbum explora novas sonoridades, como em “Colours Fly”, que reflete a influência da música do Oriente Médio e de David Bowie.
João Mar - “Tudo Vai Ser Como Deve Ser”
João Mar lança seu álbum mais pessoal, que foi criado durante seu tratamento contra um câncer no sistema linfático. O projeto, com 16 faixas, incluindo três interlúdios, reflete a superação e esperança do cantor. O álbum traz visuais e canções com temas de resiliência e prosperidade, incluindo colaborações especiais, como a participação de sua filha Júlia.
E mais:
Animal Collective - “Sung Tongs Live at the Theatre at Ace Hotel”
Caribou - “Honey”
Dawn Richard & Spencer Zahn - Quiet in a World Full of Noise
James Bay - “Changes All the Time”
Joaquin Phoenix, Lady Gaga & Cast of Joker - Folie à Deux: “Joker: Folie à Deux (Music From the Motion Picture)”
Leon Bridges - “Leon”
Na próxima semana:
Becky G - “Encuentros”
The Blessed Madonna - “Godspeed”
Charli XCX - “Brat and It's Completely Different but Also Still Brat”
Jelly Roll - “Beautifully Broken”
The Linda Lindas - “No Obligation”
The Offspring - “Supercharged”
Rüfüs Du Sol - “Inhale / Exhale”
Samara Joy - “Portrait”
Conversamos com o astro do country Dustin Lynch em sua primeira passagem pelo Brasil. Em uma entrevista exclusiva, perguntamos para o cantor sobre o bom momento atual do gênero nos EUA.
Por que agora? Acho que é um alinhamento de várias estrelas, muita paciência e o tempo certo. Existe um plano maior, acho, de por que estou aqui hoje, entre todas as pessoas do mundo. [...] Acho que agora temos um alcance que os artistas [de décadas atrás] não tinham, antes desse recente boom tecnológico sobre como consumimos música, com as mídias sociais sendo uma grande parte disso, e como podemos nos comunicar com os fãs diariamente. Estou em qualquer lugar do mundo e alguém marca minha música aqui no Brasil, e posso responder e me comunicar com eles. Acho que isso vai moldar essa geração de forma diferente da anterior.
Acho que estamos todos mais próximos. E que, hoje em dia, todos percebemos que temos muito mais semelhanças do que diferenças, especialmente quando se trata do que meus amigos me contaram sobre o Brasil. Isso me fez querer vir aqui pela primeira vez, porque o que as pessoas acreditam, o que gostam de cantar e celebrar aqui, é parecido com o que fazemos lá.
Coldplay define “data de validade” e provoca reflexão sobre fim de ciclos na música
Chris Martin, vocalista do Coldplay, revelou que o 12º álbum da banda será o último da carreira, ainda sem data definida para lançamento - afinal, como você viu acima, eles estão chegando hoje ao disco nº 10. A decisão, que coloca um ponto final na jornada criativa de uma das bandas mais populares do mundo, acendeu debates sobre o momento certo para encerrar uma carreira musical. Ao aceitar a “data de validade” de seu trabalho, o Coldplay demonstra uma maturidade incomum em um cenário onde muitos artistas prolongam suas carreiras, mesmo após o auge criativo.
Nos últimos anos, o Coldplay foi alvo de críticas devido às mudanças em sua sonoridade e estética, algo que incomodou parte dos fãs mais antigos. No entanto, a capacidade de se reinventar e explorar novos estilos também mostra a sobriedade da banda em abraçar a evolução natural de seu processo criativo. Ao reconhecer seus limites e optar por encerrar sua trajetória de maneira planejada, o Coldplay pode servir de exemplo para outros artistas - pelo menos nesse quesito.
Diversas bandas que já deixaram sua marca na história continuam lançando novos trabalhos, mesmo sem a mesma relevância ou inovação de seus primeiros anos. Prolongar uma carreira sem o frescor de antes pode comprometer legados que, de outra forma, poderiam ser celebrados como uma contribuição definitiva ao mundo da música. A decisão do Coldplay de estabelecer um fim claro para sua produção artística é uma oportunidade para outras bandas refletirem sobre seus próprios caminhos.
Claro que a trajetória na música não é linear para ninguém. As bandas não devem ser descartadas apenas porque não estão nos charts ou agradando a todos. O ponto é que nem os músicos e nem os fãs costumam gostar de despedidas, e vez ou outra somos lembrados de que elas podem ser, sim, saudáveis. O fato de que o Coldplay escolhe dar esse passo de forma tão consciente enquanto continua lotando estádios é que torna tudo isso tão notório.
Saber o momento de dizer adeus é um ato de respeito à arte e ao público. A escolha do Coldplay pode inspirar outros artistas a abraçar a ideia de que encerrar uma carreira no auge é mais nobre do que prolongá-la sem o mesmo brilho criativo.
Em dúvida do que ouvir? Venha curtir nossas playlists temáticas, sempre recheadas de novidades.
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